© Ivan Alvarado/REUTERS
"Espero que os tripulantes se lembrem de nós, do milagre que nos ocorreu e que, assim como nós, não percam as esperanças", desejou Mario Sepúlveda aos tripulantes do submarino ARA San Juan. Sepúlveda é um dos 32 sobreviventes do desabamento da mina San José, no Chile, em 2010.
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Em entrevista concedida ao jornal Clarín, o ex-mineiro disse que, desde que recebeu a notícia do desaparecimento do submarino argentino, a última quarta-feira (15), as memórias da própria tragédia estão mais fortes.
"'Muitas vezes dizer 'eu te entendo' é só uma formalidade. Mas nesse caso, meus sentimentos são reais", desabafou Sepúlveda, que agora dá palestras sobre a superação do trauma de passar 70 dias preso na mina, mundo afora. O ex-mineiro contou ainda que pretende reunir os sobreviventes do San Juan para ajudá-los a "superar o choque".
Outro ex-mineiro, Omar Reygadas (foto) também declarou ter se colocado na pele dos tripulantes do submarino. "Os rapazes que estão no submarino estão presos como nós estivemos. Mas eles estão trancados em uma máquina em um lugar remoto do oceano". Na opinião de Sepúlveda, a habilidade de permanecer forte ajuda.
"Havia o equivalente de comida parar servir 15 pessoas em um dia. Dessa forma, foi essencial a figura dos líderes que tiveram a habilidade de ser fortes e dizer que 'tínhamos que guardá-la porque não sabíamos quanto tempo ainda iria demorar para nos encontrar'", lembrou.