Por Previdência, governo promete mais R$ 3 bilhões a prefeitos em 2018

Ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) disse no jantar que o PIB pode cair 2,8%, em dois anos, se a reforma não for aprovada

© Fotos Públicas

Economia Jogada 05/12/17 POR Folhapress

O governo do presidente Michel Temer decidiu liberar mais R$ 3 bilhões a municípios em 2018 caso a reforma da Previdência seja aprovada.

PUB

A estratégia é pressionar os prefeitos a influenciarem deputados na Câmara para que eles votem em favor das mudanças nas regras de aposentadoria.

+ Estatais cortaram 33 mil funcionários em 2017, diz ministério

Durante reunião nesta segunda-feira (4), no Palácio do Planalto, integrantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e do Planejamento fecharam o projeto que inclui R$ 3 bilhões extras na previsão do Orçamento do próximo ano.

O governo estipulou que metade desse montante deverá ser aplicado na saúde e o restante, em projetos apresentados pelos prefeitos para a melhoria dos municípios.

O discurso oficial é o de que a aprovação da nova Previdência vai trazer benefícios para as contas públicas e tornará mais robusta a arrecadação do governo, o que permitirá mais investimentos por parte da União.

Por isso, afirmam assessores de Temer, é possível se comprometer com a liberação de mais dinheiro mesmo com a meta fiscal de 2018 fixada em um deficit de R$ 159 bilhões.

O objetivo é que a promessa motive os prefeitos a pressionarem seus deputados a aprovar a medida, considerada impopular às vésperas de um ano eleitoral.

Temer já havia anunciado a liberação de R$ 2 bilhões em forma de Auxílio Financeiro aos Municípios para o pagamento da folha dos servidores, repassado via FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

No entanto, a dificuldade do governo em conseguir pelo menos 308 votos para aprovar a reforma na Câmara fez com que a equipe do presidente decidisse adotar uma nova contrapartida.

OFENSIVA

Nesta semana, o Planalto iniciou mais uma ofensiva sobre a base aliada, prefeitos e governadores para tentar reunir pelo menos 308 votos pela reforma -hoje o governo não tem o apoio necessário para fazer avançar a medida.

Em jantar na casa do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste domingo (3), ministros e líderes do governo apresentaram argumentos para tentar vencer a resistência dos parlamentares e reorganizar a base na contagem dos votos.

O ministro Dyogo Oliveira (Planejamento), por exemplo, disse no jantar que o PIB pode cair 2,8% em dois anos se a reforma não for aprovada.

Ainda de acordo com o ministro, caso a nova Previdência tenha o aval do Congresso, a taxa de desemprego do país estará entre 8% ou 9% em junho e julho do ano que vem -hoje o índice é de cerca de 12%.

"É isso que temos que vender", disse Dyogo, segundo relatos de participantes do jantar.Auxiliares de Temer vão analisar se o clima na base para a votação da reforma melhorou em uma nova reunião, marcada para esta quarta-feira (6). Só então decidirão se vão ou não pautar a matéria ainda este ano, como desejava o Planalto. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 9 Horas

Faxineira pede demissão após 27 minutos de trabalho em hotel; entenda

fama Anthony Vella Há 7 Horas

YouTuber sofre grave acidente em queda de paraglider filmada; assista

fama Gusttavo Lima Há 7 Horas

Gusttavo Lima interrompe espetáculo após mulher ser agredida

economia DESENROLA-BRASIL Há 9 Horas

Saiba como se inscrever no Desenrola Brasil e negociar suas dívidas

mundo EUA Há 8 Horas

Filha do co-fundador do Slack é encontrada em van com homem de 26 anos

justica Paraíba Há 7 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

esporte São Paulo FC Há 9 Horas

Filho de Will Smith posta foto com camisa do São Paulo e web reage; veja

lifestyle Saúde Há 9 Horas

Três carboidratos que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue

justica Régis Bittencourt Há 8 Horas

Casal de empresários é achado morto dentro de carro em posto de gasolina

mundo Redes Sociais Há 22 Horas

Influenciadora viraliza ao reclamar de mau cheiro dos europeus: 'A galera não toma banho'