Primeira-dama do Peru é convocada a depor sobre Odebrecht

Convocação da esposa de Kuczynski aconteceu após o presidente ratificar que só responderá por escrito à chamada comissão investigadora "Lava Jato"

© Reuters / Mariana Bazo

Mundo investigação 06/12/17 POR Folhapress

A polarização entre o governo do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, e o Congresso opositor, controlado por Keiko Fujimori, se acentuou nesta quarta-feira (6) após a surpreendente convocação da primeira-dama, Nancy Lange, à comissão que investiga o escândalo de corrupção da Odebrecht.

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A convocação da esposa de Kuczynski, uma analista financeira americana, aconteceu depois que o presidente ratificou na segunda-feira (4) que só responderá por escrito à chamada comissão investigadora "Lava Jato", à qual se nega a comparecer alegando que a Constituição não o obriga a fazê-lo.

A negativa em receber essa comissão fez com que uma congressista independente, Jenny Vilcatoma, pedisse na terça-feira (5) a convocação de Lange alegando que é sócia da First Capital, uma consultora supostamente ligada ao presidente peruano.

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Em um comunicado, a comissão "Lava Jato" assinalou que "acordou por unanimidade convocar Nancy Lange, esposa do presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK), por aparecer como sócia da First Capital Partners, empresa que supostamente deu assessoria à Odebrecht".

"Citam a senhora Nancy Lange diante da negativa de PPK", declarou à imprensa o congressista governista Juan Sheput. "É uma baixaria", enfatizou.

O congressista Kenji Fujimori, irmão de Keiko, se distanciou do caso por meio de uma mensagem nas redes sociais, na qual criticou abertamente o seu partido, Força Popular.

"Não incendeiem o Peru, o fogo destrói, especialmente o cidadão comum. Acredito na institucionalidade. Procuradores, juízes e o presidente devem fazer o seu trabalho. O ódio e a vingança devem parar! Minha solidariedade a Nancy Lange, vítima colateral da violência política", escreveu o filho mais novo do ex-presidente Alberto Fujimori.

A respeito deste caso, Vilcatoma pediu, sozinha, a renúncia do chefe de Estado. Seu pedido não teve eco. "O presidente Kuczynski minimamente deveria ser investigado", afirmou.

Segundo a imprensa peruana, a Odebrecht aparece como cliente da First Capital em ao menos três obras no Peru nos anos que Kuczynski estava ligado ao setor privado.

Destaca-se, entre as obras, a estrada Interoceânica sul, uma licitação que a empreiteira brasileira ganhou em troca de propinas no valor de US$ 20 milhões, destinadas supostamente ao ex-presidente Alejandro Toledo. Com informações da Folhapress. 

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