Mercado precifica que Previdência não passa, diz presidente da Bolsa

Nesta quinta (7), a Bolsa brasileira chegou a recuar mais de 2% após o governo decidir adiar, na noite de quarta-feira (6), a definição da data para a votação da reforma

© Reprodução/Youtube

Economia REFORMA 07/12/17 POR Folhapress

O mercado financeiro atualmente precifica a não aprovação da reforma da Previdência, e uma eventual aprovação da proposta que muda as regras da aposentadoria poderia provocar um novo impulso nas ações, avalia Gilson Finkelsztain, presidente da B3, dona da Bolsa.

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"No mercado já há um certo consenso hoje de que não está precificada essa aprovação. O mercado trabalha com a hipótese de não aprovar. Então ele pode ficar mais animado se a reforma passar", afirmou Finkelsztain nesta quinta-feira (7) durante almoço com jornalistas em São Paulo.

"Eu não sei qual seria o percentual, mas é menos de 50% hoje que o mercado precifica a aprovação, e seria muito bom. É um assunto que está desde maio na nossa agenda", complementou.

Nesta quinta (7), a Bolsa brasileira chegou a recuar mais de 2% após o governo decidir adiar, na noite de quarta-feira (6), a definição da data para a votação da reforma. Para Finkelsztain, porém, ainda há chance de o Congresso aprovar a reforma neste ano. "Eu acho que há chance. Quando eu estive com o [presidente da Câmara] Rodrigo Maia algum tempo atrás, ele falou: 'Olha, a reforma está difícil, mas você sabe, a gente está no Brasil né? Tudo é possível'. E eu acho que isso é o que a gente aprende com Brasília", afirmou.

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"A conscientização da Câmara de que a gente precisa fazer alguma coisa, de que há um problema fiscal, é a mensagem que a gente precisa passar para o investidor estrangeiro, de que a gente sabe que há uma conscientização da importância disso. É a mensagem de que entenderam que é uma coisa urgente, que balancearam essa dicotomia de que 'sou político, será que meu eleitor vai entender por que eu votei a favor?", afirmou.

"Se o Congresso passar essa mensagem de que está consciente de quanto o país precisa da reforma, é muito positivo para o mundo, para os investidores globais", ressaltou. Na avaliação do presidente da Bolsa, quem ganhar as eleições presidenciais do próximo ano terá que enfrentar a reforma da Previdência. "O quanto antes esse assunto entrar na pauta, melhor para a retomada do crescimento, melhor para o mercado de capitais e melhor para que esse ciclo seja bem sustentado."

Mesmo com as turbulências eleitorais, a perspectiva para o próximo ano é positiva, na visão de Finkelsztain. "Eu estou trabalhando com um cenário otimista para o ano que vem. Moderadamente otimista, no qual a recuperação econômica vá trazer um candidato, um potencial futuro presidente alinhado com reformas e com a estabilidade", disse.

Ele vê o início do ano com um número "bom" de ofertas de ações e emissões de títulos de renda fixa. Mas avalia que, no final do primeiro trimestre, já começa a ter um certo impacto do cenário pré-eleitoral não só no mercado de capitais, mas também na liquidez. "Os participantes não gostam de volatilidade extrema. O risco aumenta muito e você tem todos os participantes diminuindo seu apetite por negócios", complementou. Com informações da Folhapress.

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