Diretor da PF confraterniza com réu em festa

A cerimônia ocorreu em um centro de convenções em Brasília

© José Cruz/Agência Brasil

Política brasília 07/12/17 POR Folhapress

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, foi convidado especial do ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG) para a cerimônia da 24º edição do prêmio de jornalismo da CNT (Confederação Nacional do Transporte), em Brasília.

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Segovia e sua mulher se sentaram para jantar em uma mesa reservada especialmente para Andrade, que renunciou ao mandato de senador em 2014.

Andrade preside a CNT e é réu no processo do chamado mensalão tucano, em Minas Gerais.

Sua renúncia foi interpretada na ocasião como um gesto para levar o processo do STF (Supremo Tribunal Federal) à primeira instância da Justiça.

O diretor-executivo da PF, Sandro Avelar, número 2 do comando da polícia, acompanhou Segovia no evento da CNT.

Após a cerimônia de entrega do prêmio, Avelar e Segovia jantaram com Andrade na mesa principal da cerimônia, próxima à pista de dança.

O jantar foi servido aos presentes à mesa, ao contrário da maioria dos convidados, que teve a opção do buffet distribuído pelos cantos do salão.

A cerimônia ocorreu em um centro de convenções em Brasília.

O diretor-geral da polícia conversou a sós com o ex-senador por alguns minutos e tirou fotos com Andrade.

Depois, acompanhou o show dos cantores sertanejos Leonardo e Eduardo Costa e dançou com a mulher ao som de clássicos como "Não aprendi dizer adeus", "Solidão", "Você vai ver" e "As Andorinhas".

O prêmio da CNT é um dos mais tradicionais do país, e jornalistas dos principais veículos de imprensa, inclusive da Folha, foram convidados para a cerimônia de premiação. Andrade foi vice-governador de Minas na primeira gestão de Aécio Neves (2003-2006).

Ele é acusado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro na denúncia que apontou desvios de R$ 3,5 milhões de estatais em Minas para financiar, em 1998, a campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo, do PSDB.

Andrade, que na época concorreu como vice, nega as acusações.

POLÊMICO

Tendo assumido o cargo com a pecha de estar incumbido de blindar políticos e frear investigações, o novo diretor-geral da Polícia Federal teve de explicar as relações com os que o indicaram.

A escolha de Segovia foi vinculada a uma articulação dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, do ex-presidente José Sarney e do ministro do TCU Augusto Nardes, chancelada pelo presidente Michel Temer.

Procurada, a assessoria da PF disse que o diretor-geral recebeu um "convite institucional" da CNT e que gestões anteriores também foram convidadas para o mesmo evento no passado. Com informações da Folhapress.

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