Oriente Médio crê que EUA ganharam mais influência na região

Questionados sobre o peso da política americana, 62% dos moradores de cinco países - Israel, Jordânia, Líbano, Tunísia e Turquia - disseram que é maior hoje

© Pixabay

Mundo Política 11/12/17 POR Folhapress

Um estudo publicado na segunda-feira (11), cinco dias após os EUA reconhecerem Jerusalém como capital de Israel, mostra que a maior parte dos moradores do Oriente Médio e do norte da África creem que o governo americano tem mais influência na região do que tinha há dez anos.

PUB

Questionados sobre o peso da política americana, 62% disseram que é maior hoje. Habitantes dos cinco países analisados -Israel, Jordânia, Líbano, Tunísia e Turquia- também acreditam que Rússia (64%) e Turquia (63%) ganharam relevância.

+ Após foguetes de Gaza, Israel realiza novos ataques contra o Hamas

A pesquisa foi feita pelo Pew Research Center com 6.204 pessoas de 27 de fevereiro a 25 de abril. Os valores são a mediana entre os países, e a margem de erro varia entre cada um deles.

A importância dada aos EUA está relacionada a seu papel histórico no conflito entre israelenses e palestinos, uma disputa agravada nestes dias após a declaração de Trump sobre Jerusalém ser a capital israelense. Sua fala motivou protestos em países de maioria árabe, como o Líbano, e muçulamanos.

Mas os Estados Unidos se envolveram em diversos outros países da região nesta década, como a Líbia e o Iêmen, esse último intensamente bombardeado por drones (aviões não tripulados).

A Rússia, por sua vez, teve um papel fundamental no conflito sírio. Moscou é o principal aliado do ditador Bashar al-Assad e seu apoio, tanto diplomático quanto militar, garantiu a sobrevivência do regime entre embates com rebeldes e terroristas. Vladimir Putin visitou a Síria na segunda, antes de rumar ao Egito e à Turquia.

É em parte por essas intervenções que os dois países são mal vistos na região. Segundo o estudo Pew, só 27% enxergam os EUA de maneira positiva. Já esse valor para a Rússia é de 35%.

Mas EUA e Rússia não são os únicos rejeitados pelas populações do Oriente Médio e do norte da África. O público também deu notas ruins para os líderes de seus próprios países e dos países vizinhos, com apenas um terço aprovando o presidente egípcio e o rei saudita, por exemplo.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, aliado de Trump, recebeu uma avaliação bastante ruim. Na Tunísia e na Turquia, apenas 7% têm uma visão favorável dele, enquanto o valor cai para 1% na Jordânia e chega a 0% no Líbano -país árabe com que Israel travou uma dura guerra em 2006.

Netanyahu tem, assim, pior fama do que o ditador sírio Bashar al-Assad, que aparece com 12% de opiniões positivas, apesar do violento confronto que assola seu país desde março de 2011.

A pesquisa Pew também perguntou aos moradores da região qual é sua previsão para a guerra síria, e encontrou pouco otimismo. Apenas 26% esperam que o conflito seja resolvido ainda durante 2018, enquanto 29% deles acreditam que vai prosseguir por mais de cinco anos. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 12 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

tech ESA Há 10 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

mundo Titanic Há 13 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

tech Ataque Há 9 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

mundo Argentina Há 12 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina

fama DEBORAH-EVELYN Há 9 Horas

Famosos cometem gafe ao elogiar Deborah Evelyn em foto com marido

lifestyle Signos Há 9 Horas

Estes são os três signos que adoram ser independentes!

fama Casais famosos Há 4 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

fama Iraque Há 5 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

esporte Brasil agora mesmo

Estátua de Daniel Alves em Juazeiro vai ser retirada; entenda