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Os Estados Unidos acusaram oficialmente na segunda-feira (18) a Coreia do Norte de ser responsável pelo ataque informático que aconteceu no último mês de maio, que atingiu cerca de 300 mil computadores em mais de 150 países e que ficou conhecido como 'Wannacry'.
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O regime de Pyongyang é suspeito de estar por detrás do 'software' malicioso que afetou o funcionamento de fábricas, bancos, hospitais, escolas e lojas e dos resgates exigidos posteriormente para recuperar os sistemas operativos.
"Este vasto ataque custou bilhões e a Coreia do Norte é diretamente responsável", escreveu Tom Bossert, o conselheiro de segurança interna do Presidente norte-americano, Donald Trump, em um artigo no The Wall Street Journal, divulgado na segunda-feira à noite.
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O mesmo responsável deve fornecer nesta terça (19) mais detalhes em um encontro com jornalistas. "Não fizemos estas acusações de forma aleatória. São baseadas em provas", referiu Tom Bossert.
Em outubro, o governo britânico acusou a Coreia do Norte de estar na origem deste ataque informático, que afetou, entre outras entidades, o serviço de saúde pública britânico (NHS).
No dia 12 de maio, o ataque informático lançado através de um 'software' malicioso apelidado de "Wannacry" afetou, a par dos serviços de saúde britânicos, as fábricas da montadora francesa Renault, a operadora espanhola Telefonica e a empresa norte-americana de entrega de encomendas FedEx.
Os responsáveis pelo ataque pediram um resgate para desbloquear os computadores afetados.
"Por mais de uma década, a Coreia do Norte tem agido mal, de forma quase incontrolável, e esse comportamento malicioso está se tornando cada vez mais flagrante e o 'WannaCry' foi irresponsável", prosseguiu o conselheiro.
O Presidente Donald Trump "já pressionou a Coreia do Norte de forma a atacar os desenvolvimentos inaceitáveis na sua política nuclear e balística. E vamos continuar exercendo a pressão máxima sobre Pyongyang para limitar a sua capacidade de realizar ataques, informáticos ou outros", reforçou Tom Bossert.
A empresa de segurança informática Symantec (norte-americana) chegou a atribuir o ataque ao grupo de piratas informáticos conhecido como Lazarus, suspeito de ter ligações ao regime norte-coreano.
Citado pelo diário The Washington Post, um responsável norte-americano declarou que a administração Trump incitou os países aliados a combaterem os ciberataques da Coreia do Norte e a aplicarem as sanções "apropriadas" no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Com informações da Lusa.