Câmara aprova versão final de reforma tributária de Trump

Lei foi aprovada na Câmara, por 227 votos contra 203 -entre protestos e aplausos das galerias, num reflexo da divisão do país sobre o tema

© Reuters

Mundo Estados Unidos 19/12/17 POR Folhapress

Em uma demonstração de força da Casa Branca, o Congresso americano votou nesta terça (19) a versão final da reforma tributária do presidente Donald Trump, que baixa o imposto de empresas, mas deve provocar um aumento das alíquotas para a classe média no médio prazo.

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Por volta das 17h30 de Brasília, a lei foi aprovada na Câmara, por 227 votos contra 203 -entre protestos e aplausos das galerias, num reflexo da divisão do país sobre o tema. Será a primeira reforma tributária dos Estados Unidos em 30 anos.

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Em seguida, o texto segue para o Senado, onde deve ser aprovado até o final do dia por uma estreita maioria republicana, que aparenta ter chegado a um consenso sobre a lei. O texto já foi votado na Câmara e no Senado, mas uma versão final ainda precisa ser consolidada na sessão desta terça.

Será uma vitória significativa para Trump, depois de ter fracassado ao tentar derrubar o Obamacare e ver a maioria republicana no Senado ser reduzida a uma cadeira, com a eleição de um democrata no Alabama na semana passada.

O presidente tem chamado a medida de "um presente de Natal" para os americanos, embora a reforma tenha sido criticada por beneficiar milionários e empresas, além de representar um custo de US$ 1 trilhão ao orçamento federal pelos próximos dez anos, em função da perda de arrecadação.

"No geral, as famílias de renda mais alta terão mais cortes de impostos", informou o Tax Policy Center, que fez uma análise do texto final da lei.

DIVISÃO

Grande parte dos cortes de impostos vai até 2025. Depois, a maioria dos americanos verá uma alta nas alíquotas.

Já o imposto de renda para empresas cairá de 35% para 20%, o que, segundo os republicanos, vai melhorar a competitividade do país, estimular a economia e garantir mais empregos.

"Isso é o ideal americano", discursou o deputado republicano Paul Ryan, presidente da Câmara, durante a sessão que aprovou a lei nesta terça (19).

Para ele, a redução da alíquota para empresas vai impulsionar a economia e garantir mobilidade social e liberdade.

Democratas criticaram a pressa na aprovação da lei e afirmam que ela aumentará a dívida pública e não dará garantia de novos empregos, mas beneficiará prioritariamente grandes corporações e milionários -inclusive Trump, cujas empresas terão uma redução estimada de US$ 1 bilhão em impostos, de acordo com o "New York Times".

"Essa lei vai instalar uma plutocracia permanente no nosso país", declarou a deputada Nancy Pelosi, líder democrata na Câmara.

Ryan rebateu as críticas. "Não estou preocupado. Os resultados vão tornar a lei popular", disse ele, durante coletiva de imprensa nesta terça (19). Ele voltou a defender que a lei irá estimular a economia e fazer o país crescer em torno de 3% no ano que vem.

Num movimento para garantir os votos necessários à medida, o vice-presidente Mike Pence, que também é presidente do Senado, adiou uma viagem ao Oriente Médio para garantir o voto de minerva, caso haja empate na votação na Casa.

No Brasil, analistas temem que a reforma afaste investimentos do país, já que o corte de impostos tornaria mais atrativo para multinacionais declararem lucro nos EUA. Trump pretende assinar a versão final da lei até o final desta semana. Com informações da Folhapress.

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