Mãe e padrasto de menino achado morto em freezer vão a júri

A decisão foi dada nesta terça (9), pela juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara, que informou que ambos serão indicados por ocultação de cadáver

© TV Globo/Reprodução

Justiça são paulo 10/01/18 POR Notícias Ao Minuto

O casal sul-africano Lee Ann Finck e Mzee Shabani, consecutivamente mãe e padrasto do menino Ezra, morto e colocado em um freezer em setembro de 2015, em São Paulo, será julgada por homicídio doloso no Tribunal do Júri. Os dois serão julgados por ocultação de cadáver. A decisão foi dada nesta terça-feira (9), pela juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara, que informou que ambos serão indicados por ocultação de cadáver.

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Como lembrou o 'G1', câmeras do Aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país logo após o crime com as duas filhas em 3 de setembro de 2015, um dia antes do corpo do menino ter sido encontrado. Ele foi enterrado quase um mês depois do crime, em 29 de setembro, sem velório ou qualquer outro tipo de cerimônia.

O casal está preso no Brasil desde 26 de fevereiro de 2016, quando foram trazidos pela Interpol em um voo da KLM. O casal havia sido preso na Tanzânia e levado para Amsterdã, na Holanda, de onde pegaram o voo para o Brasil.

A Interpol montou estratégia para evitar pedido de asilo da mãe e o padrasto do menino Ezra. Lee é sul-africana e poderia pedir asilo em seu país natal, onde é mais comum a rota aérea da Tanzânia para o Brasil.

O crime

Ezra Liam Joshua Finck tinha 7 anos e foi encontrado morto em 4 de setembro no freezer da casa onde morava com a mãe e o padrasto e duas irmãs, no Centro de São Paulo. Câmeras do Aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país com as duas filhas em 3 de setembro.

Câmeras de segurança do prédio onde morava a família mostram que, no dia 28 de agosto, o freezer foi carregado da loja de doces de Mzee, que ficava no térreo do prédio, até o apartamento deles. Seis dias antes, no dia 22, as mesmas câmeras registraram o Ezra entrando no hall do prédio e, em outro momento, cumprimentando um vizinho.

Funeral

O corpo do garoto ficou 25 dias no necrotério do Instituto Médico-Legal (IML). A demora ocorreu porque os parentes próximos da vítima, que poderiam liberar o cadáver e cuidar dos ritos fúnebres, vivem na África do Sul. O Unicef, através seu escritório nacional em Brasília, havia encaminhado um pedido à embaixada daquele país para ajudar na localização de familiares.

O vice-cônsul sul-africano Thabo Sedibana informou, porém, que as buscas não tiveram êxito e liberou o enterro do garoto. Uma missa foi feita em homenagem ao menino Ezra no cemitério da Vila Formosa, no dia 5 de outubro. Na missa, estavam presentes o secretário de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, a Arquidiocese de São Paulo, a Pastoral da Menor e representantes do consulado da África do Sul.

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