Policial é suspeito de dirigir Camaro em suposto racha com mortes em SP

Testemunhas do acidente afirmam que o veículo do policial disputava uma corrida com uma Mercedes Benz CLS prata

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Justiça ACIDENTE 11/01/18 POR Folhapress

A polícia de São Paulo investiga a participação de um policial civil da capital no acidente que matou duas pessoas e feriu outras seis durante um suposto racha na última terça-feira (9) na rodovia dos Imigrantes.

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Testemunhas do acidente afirmam que o Camaro preto do policial disputava uma corrida com uma Mercedes Benz CLS prata, que bateu na traseira de um Ford EcoSport, que não participava da disputa, com oito pessoas -dois casais de adultos e quatro crianças pequenas, filhos dos casais.

As duas mães morreram e os demais ficaram feridos. O motorista do EcoSport corre o risco de ficar paraplégico. O Camaro não foi atingido no acidente.

O policial de 43 anos, que tem cargo de investigador e trabalha no 6º DP da capital, no bairro do Cambuci (região central), se apresentou no distrito policial que investiga o caso na tarde desta quinta (11) e afirmou que estava em velocidade normal e que nem sequer viu o acidente.

"Ele alegou que não estava disputando racha nenhum. Vamos terminar de colher o depoimento dele. No momento, ele está na condição de investigado e vai ser liberado", afirmou ao UOL o delegado Rui Diogo da Silva, que está à frente das investigações. Segundo o delegado, o policial disse que não conhecia o motorista da Mercedes.

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A Polícia Civil pediu uma investigação imediata no histórico desse policial para saber como ele conseguiu comprar um veículo com valor tão alto -preço médio de R$ 266 mil para um zero quilômetro.Já a Mercedes era conduzida pelo administrador de empresas André Veloso Micheletti, 50, que estava acompanhado da mulher e de um funcionário. Após exame de bafômetro, ficou constatado que o administrador não havia ingerido bebida alcoólica. Na delegacia, ele afirmou que trafegava em velocidade permitida, quando o motorista da Ecosport, "repentinamente e sem sinalizar", entrou na faixa em que ele dirigia. A velocidade citada por testemunhas é de cerca de 200 km/h.

Tanto o motorista da Mercedes quanto o do EcoSport estão com as carteiras de habilitação cassadas por excesso de multas desde 2016. As crianças estavam no banco traseiro com as mães, sem cadeirinha e também sem o cinto de segurança.

Após passar a noite do acidente no distrito policial de São Bernardo do Campo, o motorista da Mercedes teve a sua prisão preventiva decretada pela Justiça na manhã de quarta-feira (10). Ele foi indiciado por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), tentativa de homicídio e também por dirigir sem CNH.

"Ele passou pela faixa da direita como um foguete". É assim que o técnico em telecomunicações Thiago Ronaldo de Aguillar, 28, lembra do Mercedes CLS que passou pelo seu carro na terça (9) à noite na rodovia dos Imigrantes. "Ainda falei para o meu amigo 'ele ainda vai matar alguém'", afirma.

"Em seguida, já vi a fumaça. O Mercedes bateu duas vezes no EcoSport, que foi parar a uns 200 metros do lugar da primeira batida." De acordo com Aguillar, uma passageira do Mercedes teria dito ao marido que conduzia o veículo: "Viu o que você fez?". O acusado então teria dito "eu já estraguei a minha vida, você agora tem que ficar do meu lado", aos gritos.

O acidente aconteceu perto das 21h. O motorista do EcoSport disse em depoimento à polícia que estava a 110 km/h (o limite no local é 120 km/h), quando viu o clarão do farol e sentiu o impacto. Após a batida, o EcoSport rodopiou na pista e parou no canteiro central da estrada. Segundo a perícia, o Mercedes estava em velocidade muito superior ao carro dirigido por Gonçalves. Uma nova perícia, no entanto, ainda será feita para constatar a velocidade exata dos veículos.

No EcoSport estavam duas famílias que voltavam de uma viagem a Praia Grande (a 71 km de São Paulo) e seguiam para Suzano (Grande SP), onde moravam.

No veículo, além de Gonçalves, estavam a mulher dele, Juliana do Carmo Gamarra, 40, os três filhos do casal, de 1, 2 e 3 anos, e o casal de amigos Wesley Junior Gomes Bispo, 23, e Vitória Alves Furlanetto Gomes, 21, e o filho deles, de 1 ano. Juliana morreu no local; Vitória foi socorrida, mas não resistiu. Com informações da Folhapress. 

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