Turistas ignoram leis e levam cães a praias do litoral norte de SP

Prefeituras dizem fiscalizar e orientar donos, mas ninguém até hoje foi multado

© iStock

Brasil multa 01/02/18 POR Folhapress

O passeio de Espoleta pela praia de Guaecá, em São Sebastião (SP), em janeiro, foi frustrado pela pergunta da reportagem.

PUB

"Gente, verdade? Eu não sabia! Será que vão me multar?", disse a nutricionista Carla Pompeu Azeredo, 26.

Espoleta, o cachorro de Carla, da raça Chow Chow, não é bem-vindo em nenhuma praia do litoral norte de São Paulo. Nem há faixa de areia reservada para bichos.

Há leis municipais que proíbem a presença de animais domésticos na areia, com multas que variam de apenas R$ 35 a até R$ 250 mil em casos de reincidência.

Prefeituras dizem fiscalizar e orientar donos, mas ninguém até hoje foi multado. Mesmo com placas com informes sobre a proibição, turistas levam seus bichos até para mergulhar no mar.

A poucos metros dali, o professor de educação física Gerson Barrios, 22, brincava com o dobermann Trovão, na beira do mar, sem coleira.

"Vim dar um passeio de apenas cinco minutinhos com ele e já estamos indo embora", disse, após ser informado sobre a proibição.

A Ascam (Associação de Surf, Cultura e Ambiente) da praia de Camburi, também em São Sebastião, identificou em dois finais de semana de janeiro 68 banhistas com cães. Eles levaram um "cartão amarelo" dos educadores ambientais com a cópia da lei e a informação do valor da multa -de R$ 600 na cidade.

CONTAMINAÇÃO

As multas ficam a cargo das prefeituras. Algumas têm apoio da Polícia Militar durante as fiscalizações.Os valores são de R$ 35 a R$ 105 em Caraguatatuba, de R$ 500 em Ilhabela, R$ 600 em São Sebastião e de R$ 250 a R$ 250 mil em Ubatuba -o valor extremo se o dono insistir em ficar com o animal na praia e for reincidente.

A Prefeitura de Bertioga prevê fiscalização para orientar turistas, mas não multa.

Segundo as prefeituras, a presença de cães nas praias seria a causa de casos de doenças de pele neste ano por parasitas encontrados nas fezes de cães e gatos.

A universitária Clara Letícia Ascêncio, 25, de São Carlos (SP), conta que teve bicho geográfico logo após o Réveillon na praia de Maresias, em São Sebastião. Outros 15 amigos com quem viajou também foram contaminados.

Além do bicho geográfico, os animais domésticos podem transmitir o bicho-de-pé, causado por uma pulga, micoses na pele e verminoses como giardíase e isosporose, segundo o médico veterinário Raphael Hamaoui, do Hospital Veterinário Cães e Gatos, de Osasco.

Os mais afetados são as crianças, por normalmente ter mais contato com a areia.

Apesar do surgimento dos casos, as prefeituras de Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba não possuem números oficiais, pois, segundo elas, o registro não é obrigatório. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 10 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

mundo Coreia do Norte Há 12 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

fama Sean Diddy Combs Há 12 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

justica São Paulo Há 12 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 11 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

brasil CHUVA-RS Há 8 Horas

Submersa há 15 dias, cidade mais afetada do RS reabre casas a conta gotas

lifestyle Signos Há 13 Horas

Os cinco signos mais estranhos do zodíaco. Conhece alguém da lista?

mundo EUA Há 13 Horas

Motorista de 23 anos morre após ser atingida na cabeça por pedra nos EUA

brasil sul do brasil Há 11 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta

justica Pridão Há 11 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo