Ministro: política nuclear dos EUA 'aproxima humanidade da destruição'

Declaração foi dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif

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Mundo Irã 04/02/18 POR Notícias Ao Minuto

A nova política nuclear militar norte-americana "aproxima a humanidade da destruição", considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada no Twitter na noite de sábado (3).

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Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira (2) que pretendem dotar-se de novas armas nucleares de fraca potência, afirmando que o reforço do seu arsenal se tinha tornado necessário devido ao rearmamento nuclear russo.

A política definida num documento sobre a nova "Postura Nuclear" norte-americana faz temer um ressurgimento da proliferação e o aumento do risco de conflito nuclear.

"Traduz uma maior dependência das bombas nucleares, em violação do TNT (tratado sobre a não-proliferação das armas nucleares)", escreveu Zarif.

+ Secretário de Estado dos EUA pede solução mais rápida para Venezuela

"A obstinação (do presidente norte-americano Donald) Trump em acabar" com o acordo internacional nuclear iraniano "decorre da mesma perigosa inconsciência", adianta, numa referência ao acordo concluído em julho de 2015 entre a comunidade internacional e a República Islâmica sobre o programa nuclear de Teerão.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, também criticou a posição norte-americana. "Vejam como os Estados Unidos ameaçam com insolência a Rússia com novas armas atômicas (...) Nestas condições, uma nação pode dizer que estamos num período de paz e que não precisamos de uma capacidade defensiva", declarou num discurso transmitido pela televisão.

A Rússia denunciou no sábado (3) o "caráter belicista" e "antirrusso" da nova política nuclear norte-americana e advertiu que tomará as "medidas necessárias" para assegurar a segurança face aos Estados Unidos.

Também a China criticou neste domingo (4) a nova estratégia nuclear de Washington, aconselhando os norte-americanos a abandonarem a "mentalidade da Guerra Fria" e a assumirem a "responsabilidade principal" no desarmamento nuclear. Com informações da Lusa.

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