Brasília tem a maior elevação do custo da cesta básica

Na virada de dezembro para janeiro, o valor da cesta básica teve aumento de 5,49%, em Brasília, a maior alta verificada em 18 capitais utilizadas para acompanhamento de preços da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Metade do universo pesquisado apresentou aumentos de preços.

© DR

Economia Dieese 06/02/14 POR Agência Brasil

Embora o Distrito Federal tenha apresentado a maior alta, o valor é o oitavo no ranking das mais caras do país. O segundo maior avanço ocorreu em Manaus (5,04%) com valor de R$ 323,22, seguido por Recife onde o custo está em R$ 280,75.

PUB

A cesta mais cara foi encontrada em Vitória, R$ 327,13, 1,79% acima do número registrado em dezembro. Em seguida aparece a de São Paulo, com valor de R$ 323,47, o que representa queda de 1,15% sobre o mês anterior e um avanço de 1,59% em um período de 12 meses.

O quarto maior valor foi apurado em Florianópolis onde para comprar os produtos da cesta, em janeiro, o consumidor desembolsou R$ 322,12 ou 0,87% mais do que em dezembro e 4,18% superior a janeiro de 2013. Já os menores custos foram verificados em Aracaju, com R$ 214,19, redução de 1,19% sobre dezembro; João Pessoa com R$ 264,17 (alta de 2,07) e Salvador com R$ 265,86  e aumento de 0,28%.

Pelos cálculos do Dieese, o valor do salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas foi estimado em R$ 2.748,22, quantia que é  3,80 vezes acima do  novo valor oficial (R$ 724,00), que entrou em vigor no último dia 1º de janeiro. Comparado a dezembro, ocorreu uma diminuição da diferença entre o ideal e o oficial. No último mês de 2013, o mínimo estipulado pelo Dieese era R$ 2.765,44 ou 4,08 vezes maior que o piso vigente no período (R$ 678,00).

Também caiu o tempo estimado de trabalho a ser cumprido para garantir o acesso aos itens básicos de sobrevivência: 88 horas e 51 minutos ante 94 horas e 47 minutos. Sobre janeiro de 2013, a diferença é um pouco menor. Naquele mês, o trabalhador previsa cumprir uma jornada de 92 horas e 17 minutos para ter dinheiro suficiente que lhe permitisse a aquisição dos produtos.

Ainda de acordo com o levantamento, o trabalhador comprometeu em janeiro 43,9% do salário, já descontado o recolhimento para a Previdência Social. Essa proporção foi inferior à mensurada em dezembro (46,83%) e em janeiro do ano passado (45,59%).

O produto de maior peso, a carne bovina, subiu de preço em 14 das 18 capitais: as maiores elevações ocorreram em Brasília (6,94%), Vitória (5,83%) e Florianópolis (5%). Houve queda em quatro capitais: Manaus (-2,96%); Natal (-0,79%); Belém (-0,22%) e Aracaju (-0,07%). Sobre janeiro do ano passado, a carne aumentou em 17 capitais. A única localidade em baixa foi Manaus (-2,21%). As capitais que registraram os maiores aumentos são: Florianópolis (14,82%); Recife (13,48%) e Curitiba (12,59%).

Por meio de nota, o Dieese destacou que “as condições ruins das pastagens devido à falta de chuvas e a elevação do preço dos insumos aumentaram os custos ao produtor que, somados à ampliação do consumo do produto, elevaram o preço do bem”.

Ainda entre os 13 produtos pesquisados, ocorreu o recuo do preço do leite em todas as capitais.  As maiores quedas foram observadas em Campo Grande (-13,38%); Porto Alegre (-10,33%); Natal (-9,35%) e Brasília (-6,93%).  Já o feijão ficou mais barato em 13 das 18 capitais com o maior recuo registrado em Campo Grande (-17,82%), seguido por Goiânia (-10,20%). O café em pó teve redução em 12 capitais. A mais expressiva foi em Manaus (-4,44%). Segundo observou o Dieese, o calor excessivo pode prejudicar as lavouras e provocar avanço da cotação desse produto.

O pão francês subiu em 13 capitais: Natal foi a localidade com maior alta (4,71%), seguida de Porto Alegre (2,85%) e Salvador (2,37%). O mesmo número de capitais indicou alta do arroz, com destaque para Florianópolis (7,79%), Porto Alegre (5,99%) e Natal (5,43%). Em cinco localidades os precos recuaram com percentuais que variaram de 3,08%, em Goiânia e 0,46%, em Curitiba.

Já a farinha de trigo, pesquisada apenas na Região Centro-Sul, ficou mais cara em todas as localidades. O aumento foi justificado pelo Dieese como uma consequência da “lentidão para comercializar a produção do Rio Grande do Sul, e da espera para a chegada do grão da Argentina, considerado de melhor qualidade”. Também houve alta generalizada da farinha de mandioca por causa da estiagem prolongada no Norte e Nordeste e do atraso na colheita.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Fake News Há 4 Horas

Instagram sinaliza como 'fake news' postagem de Regina Duarte sobre o RS

mundo Óbito Há 5 Horas

Morre o Presidente do Irã Ebrahim Raisi em tragédia de avião

fama Saúde Há 4 Horas

Tony Ramos é submetido a nova cirurgia após novos hematomas no crânio

fama São Paulo Há 22 Horas

Roque, diretor de auditório do SBT, é internado em SP

lifestyle Astrologia Há 22 Horas

Signos que são compatíveis com todos os tipos de pessoas

mundo Irã Há 22 Horas

Helicóptero que transportava presidente do Irã faz “pouso forçado"

mundo SAÚDE-DIABETES Há 23 Horas

Mulher usa remédio de diabetes para emagrecer e é socorrida por criança

politica Justiça Há 4 Horas

STF: entenda por que ministros indicados por Bolsonaro votaram contra seu salvo-conduto

fama Neymar e Bruna Biancardi Há 20 Horas

Neymar e Bruna Biancardi são vistos juntos em evento e levantam suspeitas

brasil Rio Grande do Sul Há 5 Horas

Ônibus são incendiados na região central de Porto Alegre