Sem Previdência, banco dos EUA espera por novo rebaixamento da rating

Se a reforma da Previdência não for aprovada, o banco norte-americano prevê que as agências de rating Moody's e a Fitch podem rebaixar a nota soberana brasileiro

© Bobby Yip/Reuters

Economia redução 19/02/18 POR Estadao Conteudo

O ritmo de crescimento da dívida pública deve se reduzir, mas se nada for feito, a trajetória de piora da relação entre o endividamento do governo e o Produto Interno Bruto (PIB) vai prosseguir e superar em breve os 80% na maioria dos cenários traçados, avalia o Bank of America Merrill Lynch (BofA). Se a reforma da Previdência não for aprovada, o banco norte-americano prevê que as agências de rating Moody's e a Fitch podem rebaixar a nota soberana brasileiro, seguindo o movimento da S&P Global Ratings, que em janeiro cortou a nota do País em um nível.

PUB

A maior expansão da economia brasileira, que contribui para a elevação da arrecadação do governo, os juros mais baixos e a redução do déficit primário devem contribuir para um menor ritmo de expansão da dívida pública, ressalta relatório do BofA, assinado pelos economistas David Beker e Ana Madeira.

"Contudo, a sustentabilidade de longo prazo da dívida depende de medidas fiscais adicionais, das quais a mais importante é a reforma da Previdência", ressaltam eles, destacando que a probabilidade de aprovação das medidas que mudam a aposentadoria no Congresso é "baixa".

A relação dívida/PIB, um dos indicadores da solvência de um país e um dos números monitorados de perto pelas agências de rating, subiu de 70% em 2016 para 74% no ano passado, ressalta o BofA. Dependendo do ritmo de crescimento do PIB e da Selic, pode ultrapassar os 80% já em 2019 e superar os 90% a partir de 2022. Em 2017, a dívida pública atingiu R$ 3,6 trilhões ante R$ 3,1 trilhões do ano anterior.

Sem uma estabilização da dívida do governo, pode demorar "vários anos" até que o Brasil consiga recuperar uma melhor classificação de grau de investimento. A possibilidade maior é que a classificação de risco piore ainda mais se o ajuste fiscal não avançar.

"A Moody's e a Fitch têm uma perspectiva negativa para o rating do Brasil e ainda precisam anunciar uma decisão. Não há um claro 'timing' para a revisão, mas uma rejeição da reforma da Previdência pode desencadear um rebaixamento", ressalta o relatório do BofA. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 8 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

fama Bastidores da TV Há 5 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

mundo EUA Há 6 Horas

Mulher vence loteria de 1 milhão pela segunda vez em 10 semanas

brasil Brasil Há 5 Horas

Pastor assume que beijou filha na boca: "Que mulherão! Ai, se eu te pego"

fama MADONNA-CANTORA Há 23 Horas

Madonna pede para aprovar figurino de Anitta antes do show em Copacabana

tech Espaço Há 7 Horas

Missão europeia revela imagens mais detalhadas da superfície do Sol

brasil CHUVA-RS Há 7 Horas

Temporais no RS matam 31, inundam cidades e isolam moradores sem resgate

mundo Oklahoma Há 22 Horas

Criança salva pais durante tornado nos EUA: "Por favor, não morram"

brasil CHUVA-RS Há 22 Horas

Sobe para 13 número de mortos nos temporais do Rio Grande do Sul

tech WhatsApp Há 6 Horas

WhatsApp deixa de funcionar em 35 celulares antigos; veja a lista