Rússia rejeita proposta para trégua na Síria

O embaixador russo ainda defendeu a ofensiva governamental sobre Ghouta Oriental - que deixou mias de 400 mortos

© REUTERS/Bassam Khabieh

Mundo ONU 23/02/18 POR Notícias Ao Minuto

As autoridades da Rússia se pronunciaram nesta quinta-feira (22) contra a resolução proposta no Conselho de Segurança da ONU que prevê uma trégua de 30 dias na Síria - a medida é apoiada pelos Estados Unidos. Durante a reunião, o embaixador russo nas Nações Unidas, Vasyl Nebenzia, deu a entender que o governo de Vladimir Putin vetará o texto se for submetido à votação nas próximas horas, como querem seus impulsores, Suécia e Kuwait.   

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"Os patrocinadores sabem perfeitamente que não há acordo [sobre a resolução]", disse Nebenzia, insistindo que não recebeu explicações sobre as "garantias" de que a trégua seria respeitada. Para ele, o cessar-fogo é mais uma medida "populista" e "afastada da realidade". O embaixador russo ainda defendeu a ofensiva governamental sobre Ghouta Oriental, dadas as ações de grupos jihadistas como a Frente Al Nusra.   

O número de civis mortos nos bombardeios governamentais no Ghouta Oriental, perto de Damasco, aumentou para cerca de 400 desde o último domingo (18), revelou o Observatório Nacional dos Direitos Humanos na Síria, afirmando que entre as vítimas há pelo menos 94 menores, incluindo crianças e adolescentes. De acordo com a ONG, 21 civis foram mortos nos bombardeios de hoje (22), sendo 13 deles na cidade de Duma, a cerca de 15 quilômetros da capital.   

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Enquanto isso, 13 outros civis, incluindo três crianças, foram mortos em novos bombardeios pelas forças do governo sírio na região de Ghouta, controlada por grupos rebeldes. As vítimas desta quinta-feira somam às 346 mortes e 878 feridos registrados pela ONU nas últimas duas semanas, uma vez que as forças governamentais intensificaram os bombardeios aéreos e de artilharia aparentemente em preparação para uma ofensiva terrestre.

Na mesma região existem cerca de 400 mil civis, que precisam de comida, água e remédios. Ontem (21), a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que em apenas três dias, 13 hospitais e instalações de saúde foram afetados, danificados ou destruídos. Além disso, o MSF também enfatizou que "as estruturas apoiadas pela organização concluíram completamente os estoques de bolsas de sangue intravenosa, anestésicos e antibióticos, fundamentais para as principais intervenções cirúrgicas". Com informações da Ansa. 

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