Troca na PF é derrota para aliados de Temer ameaçados pela Lava Jato

A mudança na cúpula da corporação, agora sob tutela de Rogério Galloro, serviu para acabar com o desgaste provocado por Segovia

© Marcos Corrêa/PR

Política governo 28/02/18 POR Folhapress

 A troca no comando da Polícia Federal é uma derrota para o grupo mais próximo de Michel Temer, que patrocinou a escolha do agora ex-diretor da corporação Fernando Segovia em novembro do ano passado.

PUB

Alguns dos principais aliados do presidente só foram comunicados da substituição feita pelo ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) nesta segunda-feira (26), depois que a decisão já havia sido tomada e avalizada por Temer.

+ Troca na PF mostra que Temer aposta na segurança para reafirmar governo

A mudança na cúpula da corporação, agora sob tutela de Rogério Galloro, serviu para acabar com o desgaste provocado por Segovia, além de dar força política a Jungmann no momento em que assume a chefia da pasta que representa a mais nova bandeira do governo: a segurança pública.

O ministro fez questão de avisar pessoalmente a Eliseu Padilha (Casa Civil) sobre a demissão do diretor-geral da PF.

Segundo apurou a reportagem, Jungmann disse que queria "liberdade" para colocar pessoas com quem tem mais "afinidade" no comando dos órgãos que ficaram sob sua responsabilidade.

O governo, inclusive, não descarta novas mudanças na Polícia Rodoviária Federal e no Depen (Departamento Penitenciário), que passaram da alçada do Ministério da Justiça para a Segurança Pública.

Padilha, por sua vez, não gostou da mudança na PF. Ele foi um dos principais defensores da nomeação de Segovia, assim como o ex-presidente José Sarney (MDB-AP). O objetivo, à época, era promover mudanças na condução da Operação Lava Jato, que avançava sobre o coração do Palácio do Planalto após a delação de executivos da JBS.

O chefe da Casa Civil fez seu apelo mais forte para a escolha de Segovia em setembro, horas depois de deflagrada a Operação Tesouro Perdido, que encontrou cerca de R$ 51 milhões em um apartamento na Bahia atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB).

Na cúpula da PF, as articulações de Padilha foram interpretadas como se ele temesse até onde as investigações poderiam chegar. Há dois inquéritos contra o ministro em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

Pessoas próximas dizem que Jungmann nunca gostou de Segovia, faltou à sua posse no ano passado, e fez questão de indicar um nome de sua confiança para a PF. Esses amigos do ministro lembram que ele apoiava a nomeação de Galloro desde que Torquato Jardim (Justiça) tentou emplacá-lo no lugar de Leandro Daiello, que estava há quase sete anos no comando da corporação. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Viral Há 23 Horas

Jovem é surpreendida em praia ao ver casa flutuando no mar

justica Pridão Há 5 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo

fama Vídeo Há 4 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

justica Caraguatatuba agora mesmo

Adolescente de 16 anos desaparecida é achada morta; suspeito foi preso

mundo Coreia do Norte Há 7 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

brasil Vírus Há 4 Horas

Cientistas confirmam circulação de vírus mayaro em humanos em Roraima; entenda riscos

esporte Al Hilal agora mesmo

Neymar é chamado para desafio especial no Al Hilal; veja o resultado

brasil sul do brasil Há 6 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta

justica São Paulo Há 6 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 5 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo