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Homens da Polícia Federal (PF) estiveram no Palácio do Planalto, na última semana, para fazer uma varredura no computador usado pelo ex-assessor do presidente da República e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que ficou conhecido como "o homem da mala", depois de ter sido filmado recebendo uma bolsa de dinheiro da JBS. A suspeita da Procuradoria Geral da República (PGR) é de que a propina teria como destino final Michel Temer.
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De acordo com o blog da Andreia Sadi, no portal G1, uma secretária do Planalto foi notificada pela PF. Assessores de Temer confirmaram a informação. Loures despachava no terceiro andar do prédio, mesmo piso do gabinete presidencial.
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Devido à ida dos policiais ao Planalto, ainda conforme aliados do presidente, não foi uma surpresa a informação de que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia pedido a quebra dos sigilos telefônico e telemático (e-mails e mensagens) de Loures.
A decisão do ministro foi tomada dentro do inquérito que apura suposto favorecimento de interesses da empresa Rodrimar, no porto de Santos, por meio de um decreto presidencial assinado por Temer. O texto ampliou o período de concessão para companhias do setor portuário de 25 para 35 anos. Além de Temer, também são alvos do inquérito Rocha Loures e dois executivos da Rodrimar.
Barroso é o relator do caso no Supremo. Ele também já havia autorizado a quebra do sigilo bancário do presidente da República, conforme divulgado pela imprensa no início do mês.