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Com 39 anos e passagem por programas de TV e novelas, Oscar Filho comemora o sucesso do seu espetáculo 'Putz Grill' em cartaz há 10 anos em São Paulo. Em conversa com a QUEM, o artista declarou que vê mudanças na forma de fazer humor atualmente, muito por conta do "poiliticamente" correto.
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"Todo mundo fala do politicamente correto. Já virou lugar comum. Esses dias, a Pabllo Vittar deixou mostrar o saco escrotal durante um show… Saco escrotal é um nome muito escroto. Mas eu nem sei como ser sutil nesse caso. Aí eu fiz umas piadas no Twitter falando sobre o quanto eu fiquei impressionado com o capricho na depilação. E só! As vittalovers, que são as fãs dela, caíram de pau em cima de mim - de pau, no caso, é uma expressão. Me acusaram de homofobia só porque eu brinquei com o saco escrotal de alguém. Por acaso, foi o saco da Pabllo. Se fosse o saco do Datena eu teria feito piadas também. Nenhuma piada sobre o gênero, ou julgamento sobre nenhuma condição. Achei exagero classificarem como homofobia. Pra mim, eles estavam apenas procurando pelo em ovo", analisa Oscar.
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O ator, no entanto, entrega que hoje faz avaliações para perceber se está sendo ofensivo. "Tenho me preocupado com isso. Perguntas como 'estou sendo homofóbico?', 'Estou sendo misógeno?', 'Estou sendo preconceituoso?' passam pela minha cabeça. Quando não tenho certeza, passo para amigos gays, mulheres ou negros, que foram os exemplos que dei, para darem suas opiniões. No caso dessa da Pabllo Vittar, conversei bastante com um amigo gay que concordou que a piada não era homofóbica, mas que eu deveria pensar sobre como poderia repercutir no público LGBT", declarou o humorista.