Procurador apura relações entre Trump e Cambridge Analytica

O objetivo é saber como o republicano usou dados do Facebook

© Rueters / Leah Millis

Mundo 'caso rússia' 22/03/18 POR Ansa

O procurador especial do "caso Rússia", Robert Mueller, investiga as ligações entre a campanha de Donald Trump e a consultoria Cambridge Analytica, acusada de violar os dados de 50 milhões de usuários no Facebook por meio de um aplicativo criado por um acadêmico.

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A equipe de Mueller, segundo a imprensa norte-americana, escutou alguns ex-dirigentes da campanha do magnata republicano para saber como eles obtiveram dados e como os usaram nas eleições presidenciais de 2016, sobretudo nos estados onde o resultado da votação era mais incerto.

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Além disso, o procurador teria pedidos os e-mails de todos os funcionários da Cambridge Analytica que trabalharam para a campanha de Trump, que pagou cerca de US$ 6 milhões pelos serviços da consultoria britânica.

O caso estourou no fim de semana, quando os jornais "The New York Times" e "The Guardian" publicaram que a Cambridge Analytica violara os dados de 50 milhões de usuários nos EUA por meio de um teste de personalidade desenvolvido por um professor moldavo, Aleksandr Kogan, para fins acadêmicos.

Ao todo, cerca de 270 mil pessoas fizeram o teste, e Kogan teve acesso a dados de identidade, localização e dos contatos desses usuários, totalizando 50 milhões de indivíduos. Em seguida, teria repassado essas informações para a Cambridge Analytica, o que era proibido em seu contrato com o Facebook.

A empresa foi contratada pela campanha do então candidato Trump, que hoje vê membros de seu governo e sua família investigados por suspeita de conluio com a Rússia para beneficiá-lo nas eleições. A consultoria também prestou serviço a grupos pró-Brexit e a um partido italiano não identificado.

As informações coletadas pelo teste de Kogan teriam sido usadas para entender o comportamento de eleitores e tentar direcionar suas escolhas. A relação de proximidade entre o professor e o Facebook era tal que, em 2011, segundo o "Guardian", a rede social cedera dados de 57 milhões de amizades celebradas naquele ano em todo os países do mundo.

As informações, que foram passadas de forma anônima, ou seja, não identificavam o usuário, foram utilizadas em uma pesquisa internacional publicada em 2015 sobre o tema "personalidade e diferenças individuais". No comunicado de divulgação, Kogan divulgava o estudo como o "primeiro fruto da colaboração" entre seu laboratório e o Facebook. (ANSA)

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