Custo da dívida pública federal é o menor desde 2010

Redução do custo se deve principalmente à queda na taxa Selic

© Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Economia Redução 26/03/18 POR Notícias Ao Minuto

O custo médio da dívida pública federal – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – atingiu o menor patamar desde abril de 2010, de acordo com os dados divulgados hoje (26) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda. O custo médio acumulado nos últimos 12 meses passou de 10,06% ao ano, em janeiro, para 10,01% ao ano, em fevereiro. Em abril de 2010, a taxa era 9,79% ao ano. O custo médio mede o quão rapidamente a dívida pública federal vai crescer, caso seja mantido o cenário econômico atual.

PUB

"Quando o custo é menor, a dívida cresce, mas não tão rapidamente quanto em um cenário com juros maiores. O custo médio mais baixo significa que a dívida vai crescer, mas não tão aceleradamente", diz o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves. Em valores, no mês de fevereiro, a dívida chegou a R$ 3,582 trilhões, o que representou um aumento de 1,53% em relação a janeiro.

De acordo com Alves, a redução do custo se deve principalmente à queda na taxa Selic, que é taxa básica de juros. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A Selic no início de 2018 estava em 7% ao ano. No mês passado, foi reduzida a 6,75% e recentemente, foi a 6,5% ao ano. A taxa é o indexador do título Tesouro Selic (LFT), no qual está concentrada importante parcela da dívida. Além da Selic, a própria inflação – que é outro indexador dos títulos e está em patamares baixos – também tem impacto na redução do custo médio da dívida.

Apesar da redução do custo, segundo Alves, a projeção ainda é de crescimento da dívida, porque para este, ano a meta é que as contas do governo fechem no negativo, com déficit primário de R$ 159 bilhões. "Recentemente, tem-se falado muito na necessidade da aprovação de reformas, como a da Previdência. Esse tipo de reforma contribui para melhorar o cenário fiscal e melhorar o cenário da dívida", disse o coordenador. Já a dívida pública, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), poderá fechar este ano entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões.

Investidores estrangeiros cautelosos

A divulgação do Tesouro mostrou uma leve redução na participação de estrangeiros como detentores de títulos públicos federais, de 12,41% em janeiro para 12,39% em fevereiro. Na análise de Alves, a incerteza inerente a um ano eleitoral pode ter impacto nesses investimentos. "O não residente olha para diversas variáveis para tomar decisões. Se tenho uma variável que, em determinado momento não é conhecida, ela vai te um peso". Ele ressalta, no entanto, que o país tem outras variáveis como a queda de juros e a inflação baixa, "que contribuem para dar clareza ao investidor". Com informações da Agência Brsil.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Paraíba Há 22 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

fama DEBORAH-EVELYN Há 23 Horas

Famosos cometem gafe ao elogiar Deborah Evelyn em foto com marido

fama Iraque Há 19 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

lifestyle Signos Há 23 Horas

Estes são os três signos que adoram ser independentes!

tech Ataque Há 23 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

fama Casais famosos Há 18 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

fama LUTO Há 23 Horas

Famosos lamentam morte de Anderson Leonardo, cantor do Molejo

politica Arthur Lira 27/04/24

Governo Lula nomeia indicado de Arthur Lira para substituir primo demitido no Incra

economia turismo interno 27/04/24

Lula defende ampliação de voos regionais pelo Brasil e pede renovação de frota de aviões

mundo Guangzhou Há 18 Horas

Tornado atinge cidade na China e deixa rastro de destruição; vídeo