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Os momentos de desespero vividos pelas vítimas do incêndio ocorrido no último domingo (25) em um shopping center localizado na parte russa da Sibéria foram compartilhados nas redes sociais. Em um dos registros, a adolescente Maria Moroz, de 13 anos, ainda desaparecida após a tragédia que matou ao menos 64 pessoas, escreveu: "Estamos queimando. Eu amo todos vocês. Isso é, talvez, uma despedida", publicou a jovem, cuja postagem foi divulgada pela imprensa local.
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Conforme relata o jornal O Globo, a lista de pessoas mortas e desaparecidas após o incêndio no shopping Winter Cherry, em Kemerovo, a cerca de 3.600 quilômetros da capital do país, Moscou, inclui pelo menos 20 crianças e adolescentes. Algumas das crianças desaparecidas tinha menos de 5 anos de idade.
Outros adolescentes, como Maria Moroz, tentaram entrar em contato com a família em meio ao pânico vivido no incêndio. Viktoria Pochankona, de 12 anos, ainda teria conseguido telefonar a uma tia.
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"Está tudo queimando. As portas estão bloqueadas. Eu não posso sair, não posso respirar", contou a menina à tia, que relatou a ligação ao jornal "Siberian Times". Segundo a entrevistada, a sobrinha parecia muito nervosa enquanto presenciava a fumaça "engolir" o centro comercial.
O incêndio teria começado no terceiro andar do prédio, exatamente onde funcionava o centro de entretenimento, com cinemas, espaço para brinquedos e até um zoológico com cerca de 200 animais. De acordo com O Globo, as portas de incêndio foram bloqueadas e muitas pessoas não conseguiram fugir das instalações. Algumas até tentaram se jogar das janelas do shopping, como Sergei Moskalenko, de 11 anos, que perdeu os pais no incêndio, pulou do quarto andar e está em coma no hospital.
Mais de mil metros quadrados do complexo foram destruídos pelas chamas, informa a imprensa russa. As causas ainda estão sendo investigadas com base em três teorias: curto-circuito elétrico, acidente provocado por velas acesas durante uma festa de crianças ou por uma brincadeira de adolescentes. A direção do shopping também vai ser investigada por "violação das normas de segurança que levou à morte por imprudência", já tendo sido detidas quatro pessoas, incluindo o dono do Winter Cherry e o diretor da empresa que gerencia o shopping.