Melhora o estado de saúde da filha do espião russo contaminada

Pai e filha foram envenenados com agente químico no dia 4 de março na cidade de Salisbury (sudoeste da Inglaterra)

© Reuters

Mundo ESPIONAGEM 29/03/18 POR Folhapress

O estado de saúde de Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Serguei Skripal, "está melhorando rapidamente". A informação foi dada nesta quinta-feira (29) pela direção do hospital onde são tratados pai e filha desde que foram envenenados com agente químico no dia 4 de março na cidade de Salisbury (sudoeste da Inglaterra).

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"Estou feliz em poder anunciar uma melhora no estado de Yulia Skripal", disse Christine Blanshard, diretora médica do Hospital Distrital de Salisbury. "Ela tem respondido satisfatoriamente ao tratamento, mas continua a receber cuidados clínicos especializados 24 horas por dia."

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De acordo com ela, Yulia Skripal não está mais em estado crítico e tem condição estável. No entanto o pai dela encontra-se em estado crítico, mas estável, segundo o hospital. Na semana passada, um juiz britânico disse que os Skripals poderiam ter sofrido danos cerebrais permanentes como resultado do ataque.

Além da melhora de Yulia, a terceira vítima, o policial Nick Bailey, recebeu alta nesta quinta-feira (29). Ele foi o primeiro a socorrer Serguei Skripal e sua filha, encontrados inconscientes em um banco público.

De acordo com os investigadores, o pai, que tem 66 anos, e sua filha, com 33 anos, tiveram o primeiro contato com o agente químico na casa de Serguei Skripal, que recebia na ocasião a visita da filha, que mora na Rússia.

"Especialistas determinaram que a maior concentração do agente químico estava na porta de entrada do domicílio", informou na quarta-feira (28) a polícia em um comunicado. Traços do veneno foram encontrados em outros locais, em menores concentrações. A investigação sobre o envenenamento, que envolve quase 250 especialistas, pode levar meses.

Cerca de 500 testemunhas foram identificadas pelos investigadores, e a polícia ainda está analisando mais de 5.000 horas de imagens de câmeras de segurança. "Aqueles que moram no bairro dos Skripal podem esperar que policiais façam buscas, mas quero reafirmar que os riscos são muito baixos", indicou na quarta-feira Dean Haydon, um dos responsáveis pela dvisão de contraterrorismo da polícia de Londres.

A polícia anunciou nesta quinta que estabeleceu um perímetro num parquinho infantil, perto da casa de Skripal, "por medida de precaução". O governo britânico acusa a Rússia de ser responsável por este envenenamento, o que Moscou nega e afirma ser uma manobra dos serviços secretos britânicos para alimentar opiniões contra os russos. O caso desencadeou uma crise diplomática sem precedentes desde a Guerra Fria.

O Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos, e mais de 25 países anunciaram medidas semelhantes. A Rússia respondeu e expulsou 23 diplomatas britânicos. O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, afirmou que o Kremlin subestimou a resposta ocidental ao ataque, que também feriu um policial britânico. Já Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que a Grã-Bretanha estava infringindo a lei internacional ao se recusar a fornecer informações sobre Yulia, uma cidadã russa.

Ex-coronel do serviço de inteligência do Exército russo (GRU), Serguei Skripal foi acusado em Moscou de "alta traição" por ter vendido informações ao serviço secreto britânico e condenado em 2006 a 13 anos de prisão. Em 2010, foi beneficiado em uma troca de espiões entre EUA e Rússia.

Um juiz britânico autorizou a coleta de amostras de sangue no ex-espião e de sua filha para entregar aos especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq). Representantes da Opaq chegaram ao Reino Unido em 20 de março para se encontrar com especialistas do laboratório militar de Porton Down, perto de Salisbury, e da polícia britânica. Eles também devem examinar as amostras colhidas pelos especialistas britânicos.

O ataque a Skripal foi comparado à morte do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko na Grã-Bretanha. Litvinenko, um crítico de Putin, morreu em Londres em 2006 depois de beber chá verde com polônio 210 radioativo. A Rússia negou qualquer envolvimento nesse assassinato.

Um inquérito liderado pelo juiz britânico Robert Owen descobriu que o ex-guarda-costas da KGB Andrei Lugovoy e outro russo, Dmitry Kovtun, realizaram o assassinato de Litvinenko como parte de uma operação provavelmente dirigida pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia. Com informações da Folhapress.

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