Ex-diretor do FBI diz que Trump é incapaz de ser presidente

James Comey concedeu a primeira entrevista desde que foi demitido, em 2017

© REUTERS/Jonathan Ernst

Mundo crítica 16/04/18 POR Ansa

O ex-diretor do FBI James Comey afirmou neste domingo(16) que Donald Trump é "moralmente incapaz de ser presidente dos Estados Unidos", além de tratar as mulheres como "pedaços de carne".

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Durante entrevista ao programa 20/20, da rede norte-americana "ABC", Comey também disse que o magnata está acostumado a mentir e obstruiu a Justiça na investigação sobre a interferência do governo russo nas eleições presidenciais de 2016.

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"Eu não compro a ideia sobre ele ser mentalmente incompetente ou ter estágios iniciais de demência. Ele me parece uma pessoa de inteligência acima da média que acompanha as conversas e sabe o que está acontecendo. Eu não acho que ele seja clinicamente incapaz de ser presidente. Eu acho que ele é moralmente incapaz de ser presidente", afirmou.

Esta é a primeira vez que Comey é entrevistado por uma emissora desde que foi demitido por Trump, no ano passado. "Uma pessoa que trata as mulheres como se fossem pedaços de carne, que mente constantemente sobre assuntos grandes e pequenos e insiste que o povo americano acredita nisso. Essa pessoa não está apta para ser presidente dos Estados Unidos, por motivos morais", acrescentou Comey.

Segundo ele, trabalhar para o governo Trump cria um sério dilema ético. "O desafio com este presidente é que ele será uma mancha para todos ao seu redor".

O ex-chefe do FBI lançará nesta terça-feira (17) o livro "A Higher Loyalty" ("Uma lealdade superior", em tradução livre), no qual faz diversas revelações contra o republicano.

Recentemente, a imprensa norte-americana revelou alguns trechos da publicação em que Comey chama Trump de mafioso, antiético e de não prezar pela verdade. Ele ainda revelou que o governo do republicano é movido pelo ego e pela lealdade pessoal.

Obstrução de Justiça

Na entrevista à ABC, Comey revelou que o presidente dos Estados Unidos pode ter praticado obstrução de Justiça quando pediu a ele que parasse de investigar o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn.

"Certamente é alguma evidência de obstrução da Justiça. Dependerá de outras coisas que aconteceram em consequência de sua tentativa". Além disso, Comey admitiu que a democrata Hillary Clinton venceria as eleições presidenciais e isso o influenciou a administrar a investigação sobre ela.

"Não recordo de ter afirmado, mas tinha que ser assim, porque ela seria eleita presidente e se eu escondesse isto do povo americano, ela seria ilegítima no momento em que fosse eleita, no momento que isto fosse revelado", disse Comey, ao falar sobre a reabertura da investigação que revelou o uso por parte da democrata de um servidor privado para trocas de e-mails. Com informações da Ansa. 

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