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O presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, lamentou nesta terça-feira (17) a situação de seu companheiro de partido Aécio Neves, que se tornou réu, mas ressaltou que a lei no país deve ser para todos.
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Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitaram nesta terça-feira (17) denúncia contra o senador tucano por corrupção passiva e obstrução judicial.
Na saída de evento em Brasília, o também pré-candidato presidencial afirmou ter visto o episódio com tristeza e observou que o senador mineiro ainda terá a oportunidade de se defender.
"Não existe justiça verde, amarela, azul ou vermelha. Só existe Justiça. Decisão judicial se respeita e a lei é para todos, sem distinção", afirmou.
Apesar de ter lamentado, Alckmin negou que o episódio cause embaraço ao partido ou à sua candidatura. Segundo ele, cabe apenas a Aécio agora definir se será candidato nas eleições deste ano.
"Cabe a ele definir o que vai fazer e como fazer", disse.
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O ex-governador de São Paulo ministrou palestra nesta terça-feira (17) em encontro nacional de vereadores, promovido na capital federal.
No seu discurso, em resposta a um dos vereadores, ele chegou a afirmar que "quem fica rico na política é ladrão". Em março, a Folha de S.Paulo mostrou que, depois das eleições de 2014, o patrimônio de Aécio triplicou.
Questionado posteriormente se a frase também se referia ao senador tucano, Alckmin negou. "Não vou fazer pré-julgamento. Aécio é de uma família abastada", respondeu.
Com dificuldades de crescer nas pesquisas eleitorais, o tucano se apresentou aos vereadores presentes como o candidato da conciliação, que trabalhará para unir um país dividido.
"Através do diálogo, precisamos unir o país. Não podemos continuar com esse radicalismo", disse ele, criticando também a intolerância.
Na tentativa de conseguir votos junto a eleitores de direita, o tucano tem feito um contraponto ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Na segunda-feira (16), por exemplo, ele afirmou que o voto no parlamentar é um passaporte para o retorno do PT.
Segundo a última pesquisa Datafolha, em São Paulo, Alckmin hoje está empatado no primeiro turno com Bolsonaro e Marina Silva, da Rede.
"Nós precisamos de uma grande conciliação nacional, com a refundação dos Três Poderes da República", defendeu. Com informações da Folhapress.