Bolsa sobe 1,5% com ajuda do cenário externo; dólar cai a R$ 3,40

Das 64 ações do Ibovespa, 56 subiram e oito caíram

© DR

Economia mercado financeiro 17/04/18 POR Folhapress

A Bolsa brasileira voltou a acompanhar os humores internacionais e subiu nesta terça-feira (17), impulsionada por dados melhores que o esperado de crescimento da economia chinesa e por uma diminuição nas preocupações com cenário eleitoral. O dólar recuou de R$ 3,41 para R$ 3,40.

PUB

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subiu 1,48%, para 84.086 pontos. O volume financeiro foi de R$ 8,86 bilhões -em abril, o giro médio diário está em R$ 10,1 bilhões.

O dólar comercial recuou 0,20%, para R$ 3,408. O dólar à vista, que fecha mais cedo, caiu 1,02%, para R$ 3,393.

O mercado financeiro brasileiro acompanhou o exterior nesta terça. Os investidores analisaram os dados de crescimento da China. O PIB (Produto Interno Bruto) do país teve expansão de 6,8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017.

O ritmo foi ligeiramente mais rápido que o previsto, e o crescimento foi impulsionado pela demanda do consumidor, exportações e investimento imobiliário. A expectativa, porém, é que o país perca um pouco da força nos próximos trimestres, conforme o governo faz uma ofensiva para conter o endividamento e com o enfraquecimento das vendas imobiliárias devido ao controle sobre as compras para combater a especulação.

"O resultado veio melhor que o esperado. Uma desaceleração é esperada ainda", afirma Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos. Em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, a China prometeu retirar um limite sobre a propriedade estrangeira em empreendimentos automotivos até 2022, em uma grande mudança de política para abrir o maior mercado de automóveis do mundo.

+ BNDES reduz de oito para seis o número de diretores

Já no cenário doméstico, as preocupações com eleições deram uma acalmada, após a falta de força de um candidato reformista ter provocado turbulências na Bolsa na segunda-feira (16).

"É um período muito longo para ter uma definição, mais da metade ainda não definiu voto. Tem um quadro incerto, com 15 ou 16 pré-candidaturas que devem diminuir até agosto, quando começa a inscrição oficial das candidaturas. Enquanto isso, fica em especulações", diz Suzaki.

A avaliação é parecida com a de Ivan Kaiser, analista da Garín Investimentos. "Os investidores viram que ainda é cedo para falar alguma coisa, que ainda está cedo para sair vendendo por causa de eleições. Daqui até a eleição, o mercado vai ficar bem nervoso, está só começando", avalia.

AÇÕES

Das 64 ações do Ibovespa, 56 subiram e oito caíram.

A maior alta foi registrada pela EDP, que subiu 3,85%. A Vale avançou 3,12%, para R$ 45,93. E a Bradespar teve valorização de 3,11%.

Fora do Ibovespa, as ações da Eletropaulo dispararam 24,36% após a italiana Enel anunciar, nesta terça, nova proposta de compra da distribuidora de eletricidade.

A elétrica, que opera na região metropolitana de São Paulo, é controlada pela americana AES e pelo BNDES.

A empresa se propõe a pagar R$ 28 por ação, em operação que pode movimentar até R$ 4,7 bilhões. A oferta responde a ofensiva da Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, que havia proposto também nesta segunda pagar R$ 25,5 por ação.

Na ponta contrária, os papéis da Ultrapar recuaram 2,72%. As ações preferenciais da Eletrobras caíram 2,13%, e a Smiles teve baixa de 1,40%.

A Petrobras teve alta de quase 2%, em meio a uma valorização dos preços do petróleo no exterior. As ações mais negociadas subiram 1,99%, para R$ 21,03. Os papéis com direito a voto tiveram ganho de 1,83%, para R$ 23,31.

No setor financeiro, as ações de bancos se valorizaram. O Itaú Unibanco avançou 1,65%. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 1,26%, e as ordinárias subiram 2,12%. O Banco do Brasil teve alta de 2,40%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil ganharam 0,72%.

CÂMBIO

O dólar perdeu força ante 17 das 31 principais moedas do mundo.

O Banco Central vendeu os 3.400 contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Até agora, já rolou US$ 1,190 bilhão dos US$ 2,565 bilhões que vencem em maio.

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) teve queda de 0,80%, para 167,2 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram resultados mistos. O DI para julho deste ano caiu de 6,271% para 6,265%. O DI para janeiro de 2019 ficou estável em 6,230%. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 20 Horas

Morre Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, vítima de câncer

mundo Antártida Há 21 Horas

Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

fama Redes Sociais Há 21 Horas

Livian Aragão, filha de Didi, sugere plágio e leva invertida na web

fama Luto Há 6 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

mundo Titanic Há 6 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

tech ESA Há 3 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

tech Ataque Há 3 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

lifestyle Challenger deep Há 23 Horas

Onde fica o ponto mais profundo da Terra? Um famoso já esteve lá!

fama Casais famosos Há 16 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

tech Justiça Há 16 Horas

X nega ter flexibilizado bloqueios e diz que perfis aproveitaram 'falha técnico-operacional'