Miguel Falabella volta a comandar musical 'Os Produtores'

A primavera chegou para os fãs paulistanos do gênero

© Caio Gallucci/Divulgação

Cultura teatro 21/04/18 POR Folhapress

A primavera chegou para os fãs paulistanos de musicais. Entre março e abril, três superproduções importadas da Broadway desembarcaram no Brasil. "A Noviça Rebelde", "A Pequena Sereia" e "Peter Pan" somaram-se a espetáculos nacionais como "Ayrton Senna" e "MPB - Musical Popular Brasileiro" para encher teatros da cidade com entusiastas do gênero. Agora, outro clássico do circuito nova-iorquino chega a São Paulo: estreou nesta sexta (20), no Teatro Procópio Ferreira, "Os Produtores".

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Não é a primeira vez que as melodias do americano Mel Brooks são ouvidas por aqui. Em 2007, Miguel Falabella comandou uma versão brasileira da comédia musical, vista por cerca de 200 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Na nova montagem, ele volta a produzir, dirigir e protagonizar a trama, inspirada no filme "Primavera para Hitler", que o próprio Brooks dirigiu em 1967.

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O musical, cuja montagem original na Broadway, de 2001, é o maior vencedor de Tony Awards da história. A história acompanha Max Bialystock, produtor de teatro que só lança fracassos, apesar de ter sido bem-sucedido no passado.

Quando ele conhece o contador Leo Bloom, descobre que pode ganhar mais dinheiro com um fiasco do que com uma peça que é sucesso de crítica e de audiência. Juntos, eles decidem montar o pior musical da história, para que possam fraudar seu orçamento e receber uma bolada. Daí surge o nome "Primavera para Hitler", um espetáculo que, inesperadamente, acaba caindo nas graças da Broadway.

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Apesar de texto e trilha sonora permanecerem os mesmos, algumas coisas mudaram em relação à montagem de 2007: novos cenários foram criados e o elenco foi parcialmente trocado. Marco Luque e Danielle Winits agora fazem os papéis de Bloom e da sueca Ulla, que antes pertenciam a Vladimir Brichta e Juliana Paes.

"Para mim é uma celebração remontar o espetáculo", diz Falabella. "É uma curta temporada, realmente para soprar as velinhas dos dez anos da primeira montagem."

De acordo com o diretor, a ideia era trazer o trio protagonista da versão de 2007 de volta, o que não foi possível por problemas de agenda. Mas, no caso de Danielle Winits, é como se retornasse ao papel: originalmente, ela estava cotada para viver Ulla, mas teve que abandonar a personagem porque descobriu que estava grávida.

"Foi um presente que voltou para mim. A gravidez foi um momento muito positivo na minha vida, mas foi muito frustrante não poder fazer o musical em 2007. Então estou tendo novamente a oportunidade de participar de um trabalho que sempre quis fazer", diz Winits.

Se para ela e para Falabella o musical não é novidade, para Marco Luque ele representa um desafio, já que essa é sua estreia no gênero. "Eu sempre gostei muito de cantar, mas era algo amador", diz. "Está sendo uma experiência transformadora."

No dia 13 de julho, a peça vai para o Rio de Janeiro, onde estreia na casa de espetáculos Vivo Rio.

MERCADO MUSICAL

"Os Produtores" se junta ao rol de musicais que já haviam sido encenados em São Paulo e que agora voltam aos palcos em montagens repaginadas.

Na lista estão títulos como "Os Miseráveis", que ganhou nova versão em 2017, e "A Noviça Rebelde", atualmente em cartaz no Teatro Renault, em temporada que celebra uma década de sua estreia brasileira. Nos próximos meses, devem se juntar a eles "O Fantasma da Ópera", previsto para estrear em agosto, e "O Despertar da Primavera", prometido para abril de 2019.

Para Falabella, os "revivals" -como são chamadas as remontagens- são reflexo da crise econômica: com medo de arriscarem em espetáculos novos, produtores investem no que sabem que vai dar certo. "Isso se chama inteligência", resume.

Mesmo assim, diz ser mais fácil encabeçar superproduções musicais hoje. Ele cita como exemplo a necessidade, na primeira montagem de "Os Produtores", de comprar cenários vindos da Argentina, já que não havia conhecimento técnico para fabricá-los no Brasil. "Em dez anos nós criamos uma geração que já sabe fazer as coisas, não precisa chamar ninguém de fora."

Falabella vai emendar "Os Produtores" com outro queridinho da Broadway: em agosto, ele estreia "Annie", sobre uma órfã que é selecionada para passar uma temporada na casa de um milionário. Ele assume a direção da peça e também estará em cena. "Estou muito feliz em fazer esse musical. Era um sonho que eu tinha."

OS MUSICAIS COM MAIS PRÊMIOS TONY

1. Os Produtores, 12

2. Hamilton, 11

3. South Pacific, 10

4. Alô, Dolly!, 10

5. Billy Elliot, 10

6. Um Violinista no Telhado, 9

7. A Chorus Line, 9

8. The Book of Mormon, 9

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