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A ação que resultou na prisão de 159 pessoas em uma festa na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último dia 7, prendeu Renato da Silva Moraes Júnior, 23 anos.
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A prisão do rapaz gerou comoção entre vizinhos e amigos, pois, segundo os pais, o jovem sofre de um transtorno mental sem diagnóstico definido.
Segundo conta o jornal Extra, Renato não sabe ler nem escrever e se atrapalha ao executar as tarefas mais simples. Ele trabalha como empacotador no hortifruti Areia Branca, em Santa Cruz e, frequentemente, troca as sacolas dos clientes.
Ele foi preso suspeito de envolvimento com a milícia, pois estava na festa onde as prisões decorreram. O pai Renato da Silva Moraes, de 46 anos, e a mãe, Selma da Silva Carvalho, de 50, estão há 17 dias sem poder falar com o filho.
A Defensoria Pública estadual conversou com o rapaz, após a prisão, e constatou a sua condição especial. A juíza, então, solicitou uma avaliação psiquiátrica do rapaz. No entanto, o Extra destaca que, até ontem, o exame não havia sido realizado e Renato continuava preso.
"A Defensoria pontuou desde o início que o estado de saúde mental dele era incompatível com qualquer indício de participação em uma organização criminosa. Também fornecemos documentos trazidos pela família que mostram que ele tem identificação e residência fixa. Isso seria suficiente para conceder a liberdade dele, no nosso ponto de vista. No entanto, a decisão foi planificada, coletiva, no sentido de manter todos presos", diz Ricardo André de Souza, subcoordenador de defesa criminal da Defensoria do Rio.