Famílias procuram desaparecidos fora da lista de órgãos oficiais

Oficialmente, a prefeitura e os bombeiros trabalham com o número de quatro desaparecidos

© Reuters / Stringer .

Brasil Incêndio 04/05/18 POR Folhapress

Após 48 horas do incêndio seguido de desabamento, os bombeiros passaram a considerar muito improvável encontrar pessoas vivas nos escombros. "Não digo impossível porque sempre há esperança, mas é muito improvável. São condições incompatíveis com a vida", disse Robson Mitsuo, capitão da corporação.

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Oficialmente, a prefeitura e os bombeiros trabalham com o número de quatro desaparecidos: Ricardo, conhecido como Tatuagem, que foi engolido pelo incêndio no momento em que era resgatado; uma moradora chamada Selma e os dois filhos gêmeos dela, de nove anos de idade.

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Mas há outros moradores do prédio que desabou sendo procurados nos últimos dias por parentes e amigos.

Entre os familiares que buscam por informações está a desempregada Evaneide da Silveira Vieira, 21. Desde a madrugada do desabamento ela não sabe o paradeiro da mãe, a faxineira Eva Barbosa da Silveira, 42, e do marido dela, Valmir de Souza Santos.

Evaneide contou que na noite de segunda (30), por volta das 18h, deixou a mãe no prédio onde ela morava havia cerca de quatro anos, no 8º andar.

Quando soube do incêndio, a filha disse que foi até o edifício, mas não conseguiu entrar para ajudar a mãe. Momentos depois, viu o prédio desabar. "Minha mãe estava lá dentro. Tenho certeza disso porque ela falou com a minha irmã por telefone, por volta das 21h, e disse que iria dormir. Foi a última vez que tivemos notícias dela", disse.

A filha afirmou que a mãe trabalhava em uma unidade do Sesc e também não foi trabalhar desde terça-feira (1º). "Estamos tentando falar com ela pelo celular, mas o telefone está mudo", afirmou.

Familiares do confeiteiro Francisco Dantas, 56, também dizem não conseguir contato com ele desde a noite de segunda, quando ele dormiria. Ele vivia no nono andar do edifício havia cinco meses.

Com a avaliação dos bombeiros sobre a baixa probabilidade de encontrar sobreviventes vivos, as equipes intensificaram as remoções com utilização de maquinário pesado.

O trabalho anterior envolvia esguichar água de forma ininterrupta para inibir novos focos e, manualmente, remover blocos de concreto para seguir os rastros deixados pelos cães farejadores.

Até então, os bombeiros consideravam a possibilidade de haver bolsões vitais no subsolo do prédio -nos quais as vítimas teriam ar para respirar. Mas ela foi descartada após buscas por um acesso aberto em prédio vizinho.

O prazo de 48 horas segue protocolo estabelecido internacionalmente para buscas. Os bombeiros dizem que até uma semana depois é possível achar sobreviventes -mas a possibilidade é drasticamente reduzida após as 48 horas.

Ao todo, 366 bombeiros já atuaram no caso do incêndio e desabamento no largo do Paissandu, com 57 caminhões. Com informações da Folhapress.

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