TST: Justiça do Trabalho pode acabar se juízes se opuserem à reforma

Justiça do Trabalho pode acabar se juízes se opuserem à reforma, diz Ives Gandra

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Economia Reforma Trabalhista 04/05/18 POR Folhapress

Para Ives Gandra Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a insegurança jurídica após a reforma trabalhista é criada por juízes que não aceitaram a nova lei. "Se esses magistrados continuarem se opondo à modernização das leis trabalhistas, eu temo pela Justiça do Trabalho. De hoje (ontem) para amanhã (hoje), podem acabar com [a instituição]", disse Ives Gandra em um evento em São Paulo, nessa quinta-feira (3).

PUB

A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), por exemplo, se opôs à nova lei. Para Gandra Filho, que deixou o posto de presidente do TST em fevereiro deste ano, esse movimento é um "suicídio institucional".

Ele elogiou os efeitos positivos do que chamou de "modernização das leis trabalhistas". Como o trabalhador que perde a causa hoje pode ser condenado a pagar honorários ao advogado da empresa e custas processuais, o número de pedidos caiu, segundo o ministro.

+ Dólar cai para R$ 3,53 com alívio por ação do BC

Entre dezembro e fevereiro de 2018, as varas da Justiça do Trabalho receberam 48,3% menos ações em relação ao mesmo período do ano anterior. "Não é a reforma que está gerando insegurança, são os juízes que não querem aplicá-la", diz Gandra Filho.

"Estamos colhendo frutos hoje em termos de celeridade. A minha mensagem é de esperança. Esse período de turbulência vai passar", afirmou. O magistrado recebeu uma homenagem da Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços), que representa entidades patronais e organizou o evento sobre reforma trabalhista.

"Se [Gandra Filho] não estivesse ocupando a presidência do TST, essa reforma não sairia. É a pessoa certa no lugar certo", disse o deputado federal Efraim Filho (DEM), que também estava presente. "São dois feras que mudaram o Brasil", diz Paulo Solmucci, presidente da Unecs, sobre Gandra Filho e o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), relator da reforma trabalhista.

MEDIDA PROVISÓRIA

A medida provisória que regulamentava 17 pontos da reforma trabalhista caiu em 23 de abril, gerando indefinição sobre a contribuição previdenciária de trabalhadores intermitentes e sobre se a reforma vale para contratos firmados antes de a nova lei entrar em vigor, em novembro.

Gandra Filho discorda que haja insegurança jurídica nesses pontos, mesmo sem a MP. "Estava claríssimo que [a nova lei] valia para todos os contratos. A MP não mudou nada, só vinha para esclarecer."

O governo planeja encaminhar um projeto de lei para dificultar a atuação de grávidas e lactantes em ambiente insalubre, tornar a indenização por danos morais proporcional ao teto do INSS (e não ao salário) e a taxar o bônus trabalhista, alguns dos temas que a MP abordava. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 12 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

tech ESA Há 10 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

mundo Titanic Há 13 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

tech Ataque Há 10 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

fama DEBORAH-EVELYN Há 9 Horas

Famosos cometem gafe ao elogiar Deborah Evelyn em foto com marido

mundo Argentina Há 12 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina

lifestyle Signos Há 10 Horas

Estes são os três signos que adoram ser independentes!

fama Casais famosos Há 5 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

fama Iraque Há 5 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil Paraíba Há 8 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada