NASA abandona programa que monitora gases de efeito estufa

Revista acusa a Casa Branca de ter "matado silenciosamente" um programa da NASA que monitora os níveis de dióxido de carbono e o metano na atmosfera

© Lusa

Tech meio ambiente 11/05/18 POR Notícias Ao Minuto

A agência espacial norte-americana NASA vai encerrar o programa que monitora o dióxido de carbono e o metano na atmosfera, informou um porta-voz, após a publicação de um artigo na revista Science.

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No texto, divulgado nessa quinta-feira (10), a Science acusa a Casa Branca de ter "matado silenciosamente" um programa da NASA que monitora os níveis de dióxido de carbono e o metano na atmosfera, gases responsáveis pelo efeito estufa.

"A administração do Presidente [dos Estados Unidos] Donald Trump tem matado calmamente" o programa Carbon Monitoring System (CMS) da agência espacial norte-americana, escreveu a revista.

O CMS procura fontes de emissão e de fuga de dióxido de carbono, que provocam o efeito estufa no planeta Terra, explicou a publicação norte-americana.

Segundo o mesmo artigo, a NASA "se recusou a explicar o motivo do cancelamento deste programa, mencionando apenas restrições orçamentais e a existência de prioridades mais urgentes no orçamento para a ciência".

De acordo com o porta-voz da NASA, o Presidente dos Estados Unidos tentou cancelar no ano passado cinco programas da agência, incluindo o CMS.

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A mesma fonte declarou que, após uma longa deliberação, o Congresso decidiu manter o financiamento para quatro dos cinco programas, mas o CMS acabou sendo removido.

Os subsídios já atribuídos serão honrados, mas nenhum novo estudo será lançado, apontou o artigo da Science.

O cancelamento do projeto pode ameaçar o controle das emissões de gases de efeito de estufa dos países que estão no acordo de Paris, declarou o diretor do Centro Internacional de Políticas para o Meio Ambiente da Universidade Tufts nos Estados Unidos, Kelly Sims Gallagher.

"Se não podemos medir as reduções de emissões, não podemos confiar que os países estão cumprindo o acordo", disse.

Em meados do ano passado, Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, argumentando que o pacto põe em "permanente desvantagem" a economia e os trabalhadores norte-americanos.

Com esta decisão, o país cessou todas as implementações dos seus compromissos climáticos fixados em Paris, que incluem a meta proposta pelo ex-presidente Barack Obama de reduzir até 2025 as emissões de gases de efeito de estufa entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005.

Concluído em 12 de dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e já ratificado por 147, o Scordo de Paris entrou formalmente em vigor em 4 de novembro de 2016. Ele visa limitar o aumento da temperatura mundial através da redução das emissões de gases com efeito de estufa. Com informações da Lusa.

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