Ser gay deixou de ser 'doença' há 28 anos; beijaço lembra a data

O protesto carinhoso é promovido pelo aplicativo de namoro gay Hornet

© Reuters / Florion Goga

Brasil Combate 17/05/18 POR Folhapress

 Há exatos 28 anos, o sufixo "ismo" deixou de perseguir os gays. Naquele 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde baniu o então homossexualismo da lista oficial de distúrbios mentais, que inclui a pedofilia, por exemplo.

PUB

A data virou um marco. Neste 17 de maio, gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e transexuais se reúnem em pontos icônicos de várias capitais pelo mundo para combater o preconceito.

O dia de luta contra a homofobia e a transfobia será materializado em beijos. No Brasil, o epicentro do protesto será no vão livre do Masp, na avenida Paulista. O "beijaço" está programado para começar a partir das 18h. Nas redes sociais, o evento já atraiu ao menos 700 presenças confirmadas.

O protesto carinhoso é promovido pelo aplicativo de namoro gay Hornet. A plataforma possui 850 mil usuários ativos no Brasil. 

Segundo André Fischer, criador do festival de cinema com temática LGBT Mix Brasil e representante do aplicativo no Brasil, o beijo em público é uma reação contra os países que ainda criminalizam os LGBTs.

"É um protesto que busca visibilidade. Os casais se beijam, postam fotos e viralizam pela internet um desejo de liberdade, plenos direitos e amor", afirma Fischer. A hashtag mundial "#decriminalizeLGBT" tem sido usada para espalhar os beijaços desta quinta pelas redes sociais.

Na França, o beijo coletivo ocorreu em frente à Torre Eiffel. Também houve protestos semelhantes em várias partes dos Estados Unidos, da Europa e em Taiwan, só para citar alguns.

Para Fischer, a pauta de reivindicações deste ano é extensa. "A Rússia persegue, mata LGBTs e ainda vai sediar a Copa do Mundo de Futebol nessas condições. Em Taiwan, a lei que permitiu a união gay foi caçada. Nos Estados Islâmicos, os LGBTs não existem", afirma.

Segundo Júlio Moreira, presidente do Conselho Estadual da População LGBT do Rio, quando a OMS derrubou o argumento da patologização contra os homossexuais, ao mesmo tempo, abriu caminho para a cidadania. "Depois disso, a comunidade ganhou força para colocar a cara na rua e lutar por direitos iguais", diz.

Mas a conquista, afirma Moreira, corre risco. "No Brasil, ainda se discute a cura gay. Sempre aparece um juiz promovendo decisões forçando os psicólogos a fazer a dita reversão sexual", completa.

Moreira também lembra que o Brasil é o país mais perigoso no mundo para um LGBT. Segundo o Grupo Gay da Bahia, que monitora assassinatos de homossexuais e transgêneros no país há 38 anos, 2017 terminou com 445 mortes violentas de LGBTs, uma alta de 30% em relação ao ano anterior.

"Agora precisamos tirar a transexualidade da lista negra de doenças mentais da OMS", diz Moreira. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 8 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 9 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 10 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

fama Iraque Há 8 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 10 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

lifestyle Signos Há 11 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

brasil Santa Catarina Há 10 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

mundo Guangzhou Há 8 Horas

Tornado atinge cidade na China e deixa rastro de destruição; vídeo

economia REINHART-KOSELLECK Há 8 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula

mundo Inglaterra Há 11 Horas

Menina de 2 anos doa medula e salva vida a irmã com leucemia