Ex-assessor de Padilha diz que acusação de propina é armação

Empresário Ibanez Filter reconheceu ser próximo ao ministro, mas negou ter recebido propina em nome dele

© Marcos Corrêa/PR

Política depoimento 17/05/18 POR Folhapress

Apontado como principal operador do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o empresário Ibanez Filter negou que tenha recebido propina da Odebrecht destinada ao político, mas reconheceu relação de proximidade com o ministro.

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Filter disse ter transportado dinheiro vivo, porém registrado na Justiça Eleitoral, inclusive com recibo e registro dos dados, e afirmou que as acusações de ilegalidade fazem parte de uma armação.

Ele prestou depoimento nesta quinta-feira (17) no inquérito da Lava Jato que apura pagamentos, pela empreiteira, de R$ 10 milhões a campanhas do MDB, supostamente acertados com presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu em 2014.

A PF chegou a ele depois que o doleiro Antonio Claudio Albernaz, conhecido como Tonico, disse que Filter retirou R$ 1 milhão pago pela Odebrecht em 2014. Na época, Padilha era deputado federal pelo MDB no Rio Grande do Sul, e Filter trabalhava como assessor parlamentar.

Peça-chave na investigação, Tonico disse à PF que em 2014 recebeu uma ligação de Fernando Migliaccio, executivo da Odebrecht, solicitando entrega de R$ 1 milhão em duas parcelas de R$ 500 mil.

O montante, segundo Tonico, foi levado para seu escritório, na av. Ceará, 447, em Porto Alegre. Ele reconheceu Filter como a pessoa que foi buscar o dinheiro.

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O ex-assessor disse que não conhece e nem falou ao telefone com o doleiro.

Questionado se esteve no escritório de Tonico em duas oportunidades naquele ano para apanhar dinheiro destinado a Padilha, Filter respondeu que não. Ele disse ainda que não se recorda se esteve alguma vez naquele endereço, mas ressaltou que, se esteve, não foi com o objetivo de retirar valores.

A PF quis saber por quais motivos Tonico teria inventado aquela versão. Filter disse desconhecer as razões pelas quais ele faria isso.

Filter foi questionado sobre quem seria Luciano Pavão, que a Lava Jato tenta descobrir. Ele respondeu que não sabe, e só conhece Luciano Celaro, que trabalhou no escritório de Padilha em Porto Alegre.

O ex-assessor disse ainda que a única pessoa da Odebrecht com quem mantinha contato era o executivo Valter Lana, um dos delatores da empreiteira. Ainda assim, o conhecia apenas superficialmente, pois se encontravam em alguns eventos, acrescentou.

Filter destacou que Padilha não concorreu a nenhum cargo em 2014, e, portanto, não participou da arrecadação de recursos, apurou a reportagem. Ele disse ainda que não desempenhou qualquer função no MDB naquele ano. Com informações da Folhapress.

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