Casamento de Harry e Meghan juntou marketing e emoção

Casório deste sábado foi marcado pela diversidade e pela abertura da nobreza britânica aos novos tempos

© Reuters

Mundo Realeza 19/05/18 POR Folhapress

Neste sábado (19), o mundo inteiro foi convidado para uma festa.Claro que teve gente que não aceitou: um casamento real seria uma relíquia do século 19 e um acinte ao ideal de uma sociedade mais justa e igualitária. Sem falar em seus custos astronômicos, uma hemorragia para os cofres públicos.

PUB

Só que, na ponta do lápis, o enlace do príncipe Harry - o sexto na linha de sucessão do trono britânico - com a atriz americana Meghan Markle rendeu muito mais do que custou. Cerca de dois bilhões de libras foram injetadas na economia do Reino Unido.

+ Meghan e Harry trocam alianças em cerimônia que exalta o amor

A monarquia é um dos pilares da identidade britânica e uma peça fundamental da engrenagem que move o país. Um casamento real atrai turistas, gera mídia espontânea e aumenta o "soft power" da nação.

A monarquia é o negócio da família Windsor, que se profissionalizou ao extremo com o longo reinado de Elizabeth 2ª. A atual monarca encarnou o papel com quase perfeição, e segurou as rédeas quando a princesa Diana provocou uma crise palaciana ao se divorciar do príncipe Charles.

Se Charles não seguiu à risca o que se esperava dele, seus filhos estão perfeitos. O mais velho, William é discreto, ligeiramente sem graça, ideal para ser rei algum dia. E seu irmão mais novo Henry, sempre tratado pelo apelido Harry, é tudo o que o público quer de um príncipe que dificilmente irá reinar: rebelde, divertido, com fama de "bad boy". Esta fama, é óbvio, agora se aposenta com o casamento.

Mas a escolha de Meghan Markle parece ter sido feita por especialistas, tanto para chocar os conservadores como para agradar aos moderninhos - e, assim, garantir mais um século de vida para a monarquia britânica. Até a cerimônia religiosa na capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, ressaltou a ascendência africana da noiva (que é filha de mãe negra e pai branco).

Havia um número surpreendente de negros na igreja: entre os convidados, no coral que cantou "Stand by Me" e até no púlpito, pregando o amor em um sermão (o admirável bispo americano Michael Curry). Os Windsor se misturam, se miscigenam, se blindam. E não perdem a majestade: ao casar a geração mais nova com plebeias que seriam rejeitadas poucas décadas atrás, a família real dá um ponto com nó. É marketing? Não deixa de ser.

Mas não é só marketing. A mudança não é só de fachada. William e Harry levam a vida que querem ter, ao contrário do infeliz tio-avô Eduardo 8º, que precisou abdicar do torno para ficar com Wallis Simpson em 1936. Ah, e não vamos nos esquecer: vêm aí os principezinhos de avó negra.

Com uma cerimônia impecável, convidados escolhidos a dedo, repertório musical misturando clássico e popular em doses exatas, o casório deste sábado foi marcado pela diversidade e pela abertura da nobreza britânica aos novos tempos. Os Windsor estão aí para ficar, se é que alguém ainda não percebeu. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 19 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 21 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 21 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

lifestyle Signos Há 22 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 22 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

brasil Santa Catarina Há 22 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama SAMARA-FELIPPO Há 17 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

fama Iraque Há 19 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil MORTE-SP Há 16 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 20 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula