Compartilhar casa pode pagar manutenção do imóvel

Em São Paulo, o número de anúncios de quartos e partes de imóvel para alugar, segundo pesquisa, passou de 47% para 48% entre 2015 e 2017

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Economia Economia 21/05/18 POR Folhapress

Não é plano B, não substitui salário, mas pode fazer a casa parar de apenas consumir recursos e passar a gerar o próprio sustento.

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Filho que sai de casa, mudança na fonte de renda, espaço ocioso depois de uma reconfiguração. Os gatilhos são variados para as pessoas decidirem alugar parte de suas casas e assim obter renda para o pagamento das despesas da própria casa.

Segundo pesquisa da plataforma de compartilhamento de imóveis Airbnb, 23% dos locatários brasileiros do serviço usam a renda extra para manter a moradia, driblando despejo ou perda do imóvel. Ainda de acordo com a pesquisa, os locatários têm em média uma renda anual de R$ 5.500.

Em São Paulo, o número de anúncios de quartos e partes de imóvel para alugar, segundo a plataforma, passou de 47% para 48% entre 2015 e 2017. O total de anúncios no período quase duplicou: passou de 7.500 a 13.800. De 11 mil anfitriões da cidade, 54% são mulheres e 46% são homens, com idade média de 41 anos. O tempo médio é de 5,5 noites na cidade.

Na média do país, a prevalência é dos anúncios de imóveis inteiros, com 69% para a casa toda, 28% quarto privativo e 3% espaço compartilhado, com o total passando de 62 mil em 2015 para 167 mil em 2017.

A diferença de perfis entre países e centros urbanos é semelhante também no mercado mexicano, segundo Leila Swwan, relações públicas da empresa para a América Latina. Lá, enquanto no país a maior parte dos 94,3 mil anúncios se refere a imóveis inteiros (62%), na Cidade do México os quartos são 57% do total de 11,5 mil anúncios.

MUDANÇA NA FONTE DE RENDA

A perspectiva de tornar a casa sustentável, com as contas zeradas, foi decisiva para o jornalista Tato Coutinho, que aluga para hóspedes temporários uma edícula da casa em que mora com a mulher, Maria, e o filho desde setembro de 2016.

Ele usava o espaço apenas como seu escritório. Em um período de mudança de um trabalho fixo para várias fontes de renda, a família reviu custos e decidiu transformar o jeito de ocupar a casa.Com um investimento de R$ 12 mil para pintura, compra de sofá, colchão e cortinas, deixou o ambiente apropriado para receber até 3 pessoas, com café da manhã, servido no jardim.

Já foram mais de 50 locações nesse período de 1 ano e sete meses de experiência. 'Hoje em dia, nossa renda é composta de algumas receitas diferentes. As despesas da casa, tirando o IPTU, são todas pagas pelo aluguel da edícula', diz. O excedente vai para um fundo, destinado à reposição de roupas de cama e banho.

+ Venezuela deve enfrentar inflação de 13.000% este ano

O casal planeja adaptar mais um cômodo da casa para receber hóspedes. Além da renda, a ideia de uso rotativo do espaço e de receber as pessoas é interessante. 'Você se coloca numa posição diferente e cruza pessoas que jamais cruzaria de outra forma', diz Tato.

DEPOIS DA APOSENTADORIA

O grupo de locatários que mais tem crescido, segundo o Airbnb, é o das pessoas com 60 anos ou mais, representando 12% dos anfitriões brasileiros.

Aposentada desde 2006 do trabalho que tinha com venda de automóveis, há 2 anos Marilene Cunha aluga o apartamento em que mora por períodos de 15 dias, para obter dinheiro extra para pagar condomínio e, quando possível, o plano de saúde.

Quando recebe hóspedes, ela deixa o imóvel e se muda temporariamente para a casa de um dos filhos. 'Pude pagar todas as contas durante alguns anos depois de aposentada, mas depois precisei outra fonte. Não alugo sempre, mas quando dá certo é um bom negócio', diz.

ESPAÇO OCIOSO

Depois que se desfez do aparelho de TV, Claudia decidiu usar a suíte em que estava o aparelho para aluguel, há 3 anos. Hoje, um terço das contas da casa são pagas pela renda que vem do aluguel do cômodo.

'Esse tipo de aluguel temporário cria um tipo de amizade passageira, com limites e regras estabelecidos. Eu divido mesmo o espaço. Quem está hospedado vem para a sala, para a cozinha, e conversa. É interessante. Já fiz amigos', diz ela.

QUARTO DE VISITAS

Depois de uma temporada de várias viagens para o exterior ficando em quartos alugados, a paulistana Marcia começou compartilhar um cômodo de sua casa, em 2014.'Minha filha tinha saído de casa e eu tinha um quarto de visitas. Como não tenho visitas com tanta frequência, pensei em ter um recurso financeiro a mais'.

Na casa dela, o banheiro é comum e o hóspede pode usar cozinha, área de serviço e o jardim. Por causa do contato mais próximo, diz, as regras têm de ser ainda mais claras: 'Peço para não fazer fritura ou deixar as coisas espalhadas', diz.

Compartilhar a casa por meio mês já dá conta das contas de água e de luz. 'Acho uma boa alternativa. A casa tem bom astral e as experiências têm sido legais. E tem gente que vira parceiro', conta. Com informações da Folhapress.

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