Putin felicita Maduro e apela à realização de um 'diálogo nacional'

A oposição venezuelana, que apelou ao boicote da votação, rejeitou os resultados e denunciou uma fraude eleitoral

© REUTERS

Mundo Venezuela 21/05/18 POR Lusa

O Presidente russo Vladimir Putin felicitou nesta segunda-feira (21) Nicolás Maduro pela reeleição como chefe de Estado da Venezuela, nas eleições de domingo (21). O líder da Rússia referiu também a necessidade de existir um "diálogo nacional" naquele país, que enfrenta desafios sociais e econômicos.

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Num telegrama de felicitações, "o Presidente russo desejou a Nicolás Maduro boa saúde e sucesso na resolução dos desafios sociais e econômicos que o país enfrenta", informou o Kremlin num comunicado.

A Venezuela atravessa uma grave crise econômica, social e humanitária que já obrigou centenas de milhares de habitantes a fugirem do país.

Um dia depois da votação, cujos resultados estão sendo contestados pela oposição venezuelana, Putin desejou igualmente "a realização de um diálogo nacional no interesse do povo venezuelano como um todo".

O chefe de Estado russo, também reeleito há cerca de dois meses, disse ainda "estar convencido de que as ações de Nicolás Maduro à frente do Estado serão no sentido de continuar fortalecendo a parceria estratégica entre os dois países".

O socialista Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais antecipadas de domingo (20) pela autoridade eleitoral venezuelana, com cerca de 70% dos votos. Maduro, no poder desde em 2013, foi reeleito para um novo mandato de seis anos, até 2025.

+ Madri não aceita indicações da Catalunha e mantém intervenção

A oposição venezuelana, que apelou ao boicote da votação, rejeitou os resultados e denunciou uma fraude eleitoral.

Os Estados Unidos, o Canadá, a União Europeia (UE) e uma dúzia de países da América Latina indicaram, antes mesmo  da realização das eleições, que não iriam reconhecer os resultados.

A UE, Washington e uma grande parte da América Latina criticaram a decisão de Caracas de realizar em 20 de maio a eleição presidencial, normalmente organizada em dezembro, denunciando falta de transparência e de garantias de eleições livres.

Num universo de mais de 20,5 milhões de eleitores inscritos, Maduro obteve 67,7% dos votos contra os 21,2% do principal adversário, Henri Falcon, segundo os dados anunciados pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena.

 

Apesar de reeleito, Maduro perdeu 1.763.851 votos, em relação a 2013, altura em que foi eleito sucessor do antigo Presidente Hugo Chávez (que presidiu o país entre 1999 e 2013) com 7.587.579. Com informações da Lusa.

 

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