© José Cruz/Agência Brasil
O presidente da Assembleia de Minas, deputado estadual Adalclever Lopes (MDB), afirmou nesta segunda-feira (21) que é pré-candidato ao governo do estado, consolidando um movimento de afastamento do governador Fernando Pimentel (PT).
PUB
Adalclever fazia parte da ala do MDB mineiro que dava sustentação ao governo petista e defendia a manutenção dessa aliança para as eleições deste ano. No entanto, atritos com Pimentel na votação de projetos, em repasses ao Legislativo e no espaço em sua chapa de reeleição provocaram uma migração para o campo do presidente do MDB-MG, vice-governador Antônio Andrade, que quer uma candidatura própria dos emedebistas.
Questionado sobre sua relação com Pimentel, Adalclever respondeu que é institucional. "É uma relação de governador do estado e presidente da Assembleia."
+ Temer deve explicitar nesta terça-feira apoio a Meirelles
Adalclever contava com uma vaga ao Senado na chapa de reeleição de Pimentel, mas foi surpreendido com a possibilidade de que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ocupe o posto.
Adalclever, Andrade e o deputado federal Leonardo Quintão são os nomes do MDB colocados para disputar o governo do estado. "Nós vamos disputar uma convenção juntos e de nós três vai sair um candidato ao governo de Minas. Eu sou pré-candidato ao governo de Minas", disse.
Neste mês, uma votação interna do MDB decidiu pelo lançamento da candidatura própria, mas só haverá essa definição em julho, na convenção do partido.
Alguns deputados estaduais e federais do MDB ainda defendem a aliança proporcional com o PT com o objetivo de eleger mais cadeiras. A conta é que, sem os petistas, o número de deputados federais eleitos cairia de sete para três.
Assim como a maior parte da bancada estadual e federal, Adalclever esteve ausente na votação interna do MDB que decidiu pela candidatura própria, colocando em dúvida sua posição em relação à divisão interna do partido.
Nesta segunda, porém, Adalclever esteve com Andrade para receber o pré-candidato ao Planalto Henrique Meirelles (MDB) e afirmou à imprensa que tem a intenção de concorrer ao governo. Caso não seja escolhido na convenção, disse que disputará a reeleição a deputado estadual.
Questionado sobre o fim da aliança com o PT, Adalclever disse que isso será decidido na convenção. "Quem escolhe é a convenção. Eu não tenho vontade pessoal. O meu partido é que escolhe com quem vai se aliar. Em convenção, o MDB vai fazer sua escolha e a escolha que o MDB fizer é a minha escolha."
No último mês, Adalclever deu sinal verde para o acolhimento de um pedido de impeachment contra Pimentel e exonerou petistas com cargos comissionados na Assembleia.
Entre os petistas, há avaliação de que uma parceria com o MDB ficou inviável. Por isso, o partido já busca outras alianças, como PSB, PDT e PR. Com informações da Folhapress.