Você sabia que o lugar mais mortal do mundo fica no Brasil?
Imagina estar a menos de um metro de víboras altamente fatais?
Você sabia que o lugar mais mortal do mundo fica no Brasil?
Quando você imagina aquela viagem de férias dos sonhos, dificilmente você imagina centenas de cobras à sua espreita, certo? O curioso é que o tal lugar assustador fica no Brasil. Na Ilha das Cobras, como foi apropriadamente apelidada, você estaria, pelo menos, a um metro de distância de uma víbora altamente venenosa. Nesta galeria, faça um passeio - com segurança - por esta ilha terrivelmente fascinante! (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Ilha das Cobras
Oficialmente chamada de Ilha da Queimada Grande, a ilhota tem 43 hectares e fica a 35 km da costa de São Paulo. É habitada quase que exclusivamente por uma espécie de cobra: a jararaca-ilhoa (ou Bothrops insularis na ciência). (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Jararaca-ilhoa
A cobra recebe esse nome por causa de sua cor clara, amarelada e sua forma de cabeça. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 4.0)
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Quem manda na ilha?
Estima-se que na ilha vivam entre duas mil a quatro mil serpentes dessa espécie. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 4.0)
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Concentração de cobras
Esse número impressionante se traduz em cerca de 45 víboras por hectare, o equivalente ao tamanho de um campo de futebol, segundo a BBC Brasil. (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Bizarras
Serpentes da família jararaca-ilhoa são responsáveis por 90% das mortes relacionadas a picadas de cobra no Brasil. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 2.0)
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Temida
A víbora está entre as mais mortais do mundo, de acordo com o Smithsonian. Seu veneno é de três a cinco vezes mais forte que o de qualquer cobra de terra firme.
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Veneno potente
O veneno dessas cobras de meio metro de comprimento é tão poderoso que fala-se que é possível derreter a pele ao redor da mordida e causar a morte em menos de uma hora, de acordo com o Atlas Obscura. E há uma explicação lógica para a natureza mortal da cobra.
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Como elas se tornaram tão venenosas?
Cerca de 11.000 anos atrás, no fim da era do gelo, o aumento do nível do mar fez com que a ilha ficasse isolada do continente, separando algumas cobras de seus parentes. (Foto: Wikimedia/CC BY 2.5)
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Evolução
Com o tempo, as serpentes isoladas se adaptaram ao ambiente, desenvolvendo as características identificadas hoje.
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Assumindo o controle
Como não havia predadores no nível do solo na ilha, as cobras conseguiram se reproduzir rapidamente. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 4.0)
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Nenhum predador significa nenhuma presa
Mas a falta de diversidade na ilha também significava que não havia presas no nível do solo para as cobras se alimentarem. O que elas fizeram? (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Adaptação
As cobras começaram a se alimentar de aves migratórias que paravam pela ilha. Assim, as serpentes dotadas de veneno mais tóxico e poderoso tiveram mais sucesso em caçar pássaros e matá-los. (Foto: Pixabay/CC0 1.0)
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Um veneno ainda mais fatal
Isso porque o veneno de cobra pode levar horas (até mesmo dias) para agir, e isso é um problema quando se trata de pássaros, pois elas podiam fugir antes de morrer. Assim, as cobras com veneno mais potente que matavam mais rápido tinham uma chance maior de se reproduzirem e transmitirem esses genes assassinos.
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Acesso proibido
Não só a ilha é desabitada, como o acesso de pessoas ao lugar também é proibido. As únicas exceções são feitas para pesquisadores e analistas ambientais que precisam de autorização do Governo Federal, de acordo com a BBC Brasil. (Foto: Wikimedia/CC BY 2.0)
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Esqueça!
Então, visitar a ilha é estritamente proibido. A única maneira de chegar à área seria tentando convencer um pescador local em Peruíbe ou Itanhaém (foto) a levá-lo até lá. Mas isso seria ilegal (para não dizer potencialmente mortal). (Foto: Flickr/CC BY-NC 2.0)
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Área controlada
O único sinal de atividade humana da ilha vem da forma de um farol, que foi construído no final do século XIX pela Marinha do Brasil, que ainda é responsável por sua operação hoje. (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Lendas
As habilidades mortais dessas cobras têm atraído a atenção e, claro, lendas populares. Uma das famosas histórias é que as cobras foram colocadas na ilha por piratas que procuravam proteger o seu ouro, de acordo com a BBC Brasil.
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Lendas
A outra história grotesca refere-se ao faroleiro e sua família. Segundo o HuffPost. O empregado, a esposa e os três filhos teriam tentado fugir de um ataque das serpentes através de uma janela para alcançar um barco. No entanto, antes de chegarem à terra firme, eles foram mordidos pelas cobras e morreram sem esperança na ilha.
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Farol misterioso...
Embora o farol tenha sido mantido por trabalhadores no início do século XX, a Marinha do Brasil automatizou o farol em 1925. Como a BBC Brasil noticiou, não há registros de mortes de pessoas durante a operação do farol.
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História de pescador?
Outra lenda conhecida refere-se a um pescador que teria entrado na ilha em busca de bananas. O homem foi encontrado morto, em meio a uma poça do seu próprio sangue, vários dias depois, de acordo com o HuffPost.
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Estudos
Apesar do folclore local, nenhuma morte foi registrada, segundo a BBC Brasil. De fato, as primeiras amostras de cobras da espécie jararaca-ilhoa foram coletadas por operadores de farol e é graças a elas que os pesquisadores conseguiram identificar e estudar as víboras no início do século XX.
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Propriedades medicinais?
O Instituto Butantan, em São Paulo, estuda répteis venenosos para fins farmacêuticos. Em uma entrevista ao VICE, um pesquisador disse que o veneno da jararaca-ilhoa mostrou potencial para ajudar pessoas com doenças cardíacas, problemas de circulação e coágulos sanguíneos. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 3.0)
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Mercado negro
Por causa de seu potencial medicinal, os contrabandistas de animais silvestres, ou biopiratas, podem chegar a ganhar até US$ 30 mil por cobra no mercado negro, de acordo com o VICE. (Foto: Wikimedia/CC BY 2.0)
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Em vias de extinção
Apesar de seus números assustadores, curiosamente, essas cobras estão listadas entre as espécies ameçadas de extinção. Isso se deve, principalmente, à degradação do habitat e ao contrabando, de acordo com o Smithsonian.
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Habitat ameaçado
A BBC Brasil informa que a degradação é causada por pescadores locais que promovem queimadas na ilha para tentarem desembarcar. (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Incêndios
Por outro lado, o Smithsonian afirma que a perda de habitat pode ser atribuída em parte à retirada da vegetação pela Marinha do Brasil.
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Ilha do fogo
Embora a atribuição de culpa possa não ser clara, a Marinha do Brasil, assim como os pescadores, costumam atear fogo à ilha na tentativa de controlar a população de cobras e / ou obter acesso, segundo a BBC Brasil. Não é por acaso que o lugar ganhou o nome de Ilha da Queimada Grande. (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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Espécie em perigo
Segundo estimativas, a população da jararaca-ilhoa diminuiu quase 50% nos últimos 15 anos, segundo o Smithsonian. Então, apesar de sua incrível capacidade de adaptação, as cobras mortais podem perder sua batalha com os humanos. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 3.0)
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Lifestyle
ilha
22/05/18
POR Notícias Ao Minuto
Se você sofre de ofidiofobia - medo de cobras - você deve ficar longe dessa ilha. Mas, além das pessoas que sofrem desse pavor extremo, há motivos de sobra para achar este lugar assustador. A verdade é que se você estivesse nesse local, situado na costa do Brasil, você estaria, pelo menos, a um metro de distância da possibilidade de morte.Clique na galeria para saber mais sobre essa ilha mortal e fascinante. (Foto: Flickr/CC BY 2.0)
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