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Nesta última década as indústrias vem se adaptando ao que se convencionou chamar de "quarta revolução industrial", ou Industria 4.0, consequência da aplicação de novas tecnologias para automação e controle da produção, gestão de equipes e de informações e interação com os produtos distribuídos e seus consumidores.
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A primeira revolução aconteceu com a mecanização das linhas de produção, ainda no tempo das máquinas a vapor. A segunda, com a chegada da eletricidade. A terceira, em meados do século passado, com a eletrônica e a robótica. E a quarta com os sistemas interativos ciber-físicos e, mais recentemente, a computação cognitiva.
Para Marcos Oliveira, CEO da Iochpe Maxion, a indústria é impactada por novas tecnologias muito antes do público em geral.
"O setor industrial é permanentemente focado na eficiência dos processos, com o objetivo de produzir mais, gastar menos e ganhar competitividade comercial. Estamos sempre em busca de soluções que permitam melhorar a performance produtiva e administrativa através da combinação de tecnologia e metodologia."
A famosa afirmação de Willian Gibson (o profeta do cyberpunk) "O futuro já chegou; só não está uniformemente distribuído", é absolutamente verdadeira quando pensamos no setor industrial.
Segundo o executivo, a tecnologia é um catalizador da inovação para processos, produtos e pessoas, mas não é um fim em si mesma.
A convivência entre jovens motivados e profissionais experientes sempre foi produtiva para as empresas, particularmente para as indústrias, considerando a tradição dos mestres e aprendizes.
Entretanto, jovens inovadores da geração atual são menos pacientes, e tendem a deixar as organizações quando seus líderes são muito conservadores.
"É importante criar significado para a equipe, principalmente para os mais jovens, e promover atividades que desafiem a um pensar diferente."
Marcos reconhece a relevância da automação dos processos para e eficiência da indústria, onde os modelos convencionais vem cedendo espaço para os métodos mais ágeis, mas ressalta que a base dessa quarta revolução é a gestão da informação (bigdata) resultando em sistemas analíticos que permitem decisões automatizadas.
"Existem empresas especializadas na gestão de bigdata que desenvolvem soluções customizadas para cada indústria. Nesse caso, a terceirização oferece vantagens significativas, principalmente na velocidade de implementação e atualização dos sistemas."
Os recentes desenvolvimentos na área de Inteligência Artificial relacionados com o aprendizado das máquinas ("machine learning") reforçam as perspectivas preditivas do executivo. Máquinas não só tomarão decisões, mas aprenderão com os resultados, refinando seus algoritmos e aumentando a eficiência do processo produtivo.
Para Marcos, a transformação digital pode ser um elemento diferenciador importante para a empresa, não apenas em termos de eficiência, mas também na agilidade e qualidade da interação com os clientes. Com informações da Folhapress.