Ministério do Trabalho suspende concessão de registros sindicais

Medida foi adotada após operação da PF, na última quarta-feira (30)

© Sergio Moraes / Reuters / Imagem de arquivo

Política Diário Oficial 01/06/18 POR Folhapress

O Ministério do Trabalho suspendeu por 30 dias os processos de registros sindicais. A decisão foi tomada depois da deflagração da operação Registro Espúrio, da Polícia Federal, que investiga suspeita de fraude na concessão de registros.

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De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União nesta sexta (1º), serão suspensos no prazo de 30 dias "todas as análises, publicações de pedidos, publicações de deferimento e cancelamentos de registro sindical".

A decisão requisita ainda a lista de todas as cartas sindicais emitidas ou recusadas nos últimos 30 dias. A portaria pode ter seu prazo prorrogado.

Entre os alvos da investigação da PF estão os deputados federais Paulinho da Força (SDD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB), cujos partidos controlam a pasta. Eles negam irregularidades.

A PF aponta indícios de esquema de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no Ministério do Trabalho. 

+ Ministro do STF insiste em discutir ampliação da restrição ao foro

A operação deflagrada na quarta-feira (30) foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Na petição enviada ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou a existência de um esquema criminoso estruturado em cinco núcleos de atuação: administrativo, político, sindical, captador e financeiro.

Ela explicou que se pagava R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical. Desde 2017, parte dos integrantes do grupo criminoso responde a uma ação por improbidade administrativa em andamento na Justiça Federal, em Brasília.

Ao menos dez servidores da pasta são investigados, como integrantes do núcleo administrativo. Segundo a procuradora, a eles cabia viabilizar as fraudes, que incluíam o desrespeito à ordem cronológica dos requerimentos e o direcionamento dos resultados dos pedidos.

Um dos pedidos de prisão refere-se ao secretário-executivo do Trabalho, Leonardo Arantes, sobrinho do deputado Jovair Arantes. Leonardo estava em viagem a Londres, a trabalho, e ainda não foi detido pela PF.

Reportagem da Folha mostrou que os benefícios eram concedidos em troca de uma espécie de "mensalão sindical": apoio político em eleições ou a filiação às centrais controladas pelos parlamentares.

Comunicações interceptadas indicam ainda que investigados tratavam do pagamento de propinas no Ministério do Trabalho por meio de códigos cifrados como "mudas de café" e "garrafas de vinho". Com informações da Folhapress.

 

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