'É importante se ver na TV', diz Erika Januza sobre representatividade

"Nós, negros, nos vemos muito pouco na televisão", argumentou a atriz

© AgNews / Andre Freitas (Foto de arquivo) 

Fama Atriz 17/06/18 POR Folhapress

Érika Januza viu sua carreira decolar nos últimos meses graças à juíza Raquel, que ela viveu na novela "O Outro Lado do Paraíso" (Globo). A personagem recebeu destaque na trama ao discutir o racismo presente na sociedade e também ao protagonizar um romance que parecia impossível por causa do preconceito.

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Para a atriz, papéis como esse são fundamentais na teledramaturgia brasileira justamente por preencherem um vazio existente nas grades das emissoras. "Nós, negros, nos vemos muito pouco na televisão. A maioria da população brasileira é negra e eu acho que a gente não tem um número de negros na TV que corresponda a essa realidade. E é importante se ver na TV", lamenta.

Uma das recompensas por viver o papel de Raquel -uma mulher negra de origem humilde, que se dedicou e enfrentou preconceitos até alcançar o sonho de ser juíza- foi poder servir de exemplo para pessoas que não se sentiam representadas nas novelas, conta a atriz à reportagem.

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"Quantos relatos eu ouvi de pessoas que se identificaram com a história da personagem... É ficção, mas há uma função social. Quando podemos passar uma mensagem positiva, aí nós cumprimos nosso papel [como atores]. Dá a sensação de que eu cumpri um pouco da minha missão como ser humano."

Recentemente, o Ministério Público do Trabalho enviou à TV Globo uma notificação recomendatória para que a emissora inclua maior diversidade em suas tramas. A ação aconteceu por causa da novela Segundo Sol, que, ambientada na Bahia, estado com o maior percentual de população negra do país, tem elenco majoritariamente branco.

De acordo com Erika, a importância da representatividade ficou nítida, para ela, com a repercussão de "O Outro Lado do Paraíso". "Eu realmente entendo que cada história tem as suas necessidades e eu torço por um momento em que não vamos precisar dizer que o médico é negro. Um momento em que a gente possa apenas ser um médico, um psicólogo ou uma juíza. Independente da cor da pele."

"É importante que as crianças negras se vejam na televisão, para que saibam que elas podem ser mais do que o empregado", diz. Pessoalmente, o trabalho no folhetim também foi essencial para Erika. "Nossa, mudou muito a minha carreira e me fez crescer como atriz. Esse papel ainda mostrou que o amor fala mais alto que o preconceito."

DESCANSO

Depois do árduo trabalho em "O Outro Lado do Paraíso", Erika aproveitou a folga para viajar para Orlando, nos Estados Unidos. Em sua primeira visita ao país, ela se divertiu nos parques temáticos da Disney. "É engraçado como aquele lugar envolve a gente, nós voltamos a ser crianças", diz. Com informações da Folhapress. 

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