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Ícone da Jovem Guarda e dono de sucessos como 'Nossa canção', Luiz Ayrão, de 76 anos, se mostrou insatisfeito com a atual safra de artista da música brasileira. O cantor que retoma sua carreira produzindo um novo disco, pretende compilar sambas raros, com participação de nomes como Mestre Marçal. "Já deu de funk e sertanejo, né?", declarou ele ao Extra.
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E lamentou o que faz sucesso na música brasileira hoje. "Não costumo ser saudosista. Só lamento que as letras e melodias sejam tão pobres atualmente. Hoje, a qualidade artística foi para o espaço. A música é como propaganda de sabão em pó. Ninguém precisa prestar atenção. É tudo imediato, sabe? Tipo Doril: tomou, a dor sumiu — brincou o músico.
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Ayrão ainda reservou críticas específicas a uma das cantoras mais populares do Brasil. "Anitta, por exemplo, é uma reedição da Gretchen, uma menina cheia de vontade de ser artista. Apenas. Admiro a disposição dela de se reinventar, de suspender o peito, de colocar nariz... É uma estrela, claro. Mas sem a qualidade de Elis Regina ou Clara Nunes", analisou o artista.