Polícia Federal deflagra 52ª fase da Lava Jato no Paraná

Investigações avançam para a apuração de crimes contra subsidiárias da Petrobras

© REUTERS/Ricardo Moraes

Política Cerco 21/06/18 POR Folhapress

A 52ª fase da Lava Jato, denominada Greenwich, prendeu na manhã desta quinta-feira (21) o ex-diretor da Petroquisa, subsidiária da Petrobras, Djalma Rodrigues de Souza. Seu filho, Douglas de Souza, deve se entregar nesta tarde.

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A prisão de Djalma é preventiva, enquanto a de Douglas é temporária (cinco dias), para evitar possível ocultação e destruição de documentos.

Djalma e familiares, segundo o Ministério Público Federal, cometeram crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Petroquisa. De acordo com a acusação, foi utilizada conta na Suíça para receber R$ 17,7 milhões da Odebrecht entre dezembro de 2010 e março de 2014. A conta seria controlada pelo filho do ex-diretor.

Em troca dos repasses, a empreiteira teria sido favorecida na obtenção de dois contratos, com o estabelecimento de parâmetros que só poderiam ser atendidos por empresas da Odebrecht. Os contratos mirados foram firmados com a Petroquímica Suape e com a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco.

+ Lava Jato mira desvios no Rodoanel e prende ex-secretário de Alckmin

Também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro (RJ), no Recife (PE) e em Timbaúba (PE), em endereços de empresas ligadas à família de Djalma.

Chamaram a atenção das autoridades as movimentações financeiras e os rendimentos declarados por Djalma Rodrigues perante a Receita Federal, incompatíveis, segundo a acusação, com seus recebimentos regulares da Petrobras.

Ao longo das investigações, também foram encontrados indícios de que o ex-diretor teria interferido, enquanto gerente, em favor de empresas administradas por seus familiares, com o objetivo de que fossem beneficiadas com contratos públicos.

Djalma Souza é ligado ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), que o indicou para o cargo.

Ambos tornaram-se réus na Lava Jato em maio deste ano após denúncia da Procuradoria-Geral da República ter sido acatada pela segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal). Eles são suspeitos dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a Procuradoria, o deputado teria recebido R$ 300 mil em propinas do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC Engenharia, para a campanha de deputado federal em 2010.

Em contrapartida, o deputado e o ex-excutivo da Petrobras teriam prometido beneficiar a empresa e contratos com a estatal. Eduardo da Fonte diz que só recebeu doações legais e nega irregularidades.

Djalma também é citado nas planilhas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, setor que operava os repasses de propinas para políticos, no qual é denominado com o codinome "jabuti". Com informações da Folhapress.

 

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