Que seja o último jogo de Messi em Copas, diz rival nigeriano

"Por mais que se goste de vê-lo jogado, é a nossa vontade fazer com que seja a despedida e que aconteça aqui em São Petersburgo", disse Idowu

© REUTERS / Toru Hanai (Foto de arquivo) 

Esporte Duelo 25/06/18 POR Folhapress

Há um respeito universal por Lionel Messi e pela seleção argentina, mesmo de quem não torce pelo camisa 10 ou pela equipe. No caso do atacante, o tom é de reverência.

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Não incluam o atacante Ahmed Musa, 25, e o zagueiro Brian Idowu, 26, nesta lista.

Os dois integrantes do elenco nigeriano enfrentam a seleção da Argentina nesta terça (26) com a confiança de que a mandará de volta para casa. Sem ressalvas de que será lamentável que os argentinos sejam tirados do torneio tão cedo ou sobre a possibilidade de ser a última partida de Messi em Copas do Mundo. O importante é a Nigéria passar.

"Nosso objetivo principal é que seja o último jogo dele [Messi] mesmo. Por mais que se goste de vê-lo jogado, é a nossa vontade fazer com que seja a despedida e que aconteça aqui em São Petersburgo", disse Idowu.

Com três pontos, a Nigéria pode até se classificar com um empate, dependendo do resultado da Islândia (um ponto) diante da Croácia também nesta terça.

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"Não contamos com o empate", descartou o técnico Gernot Rohr. Derrotar a Argentina e avançar para as oitavas acarretaria quase um feriado nacional na Nigéria. Para Idowu seria ainda mais especial. Significaria eliminar os sul-americanos em casa. O zagueiro nasceu em São Petersburgo, filho de pai nigeriano e mãe russa. Sua família ainda mora na cidade e ele a visitou neste domingo (24). Reviu amigos de infância e as ruas onde cresceu.

"É incrível estar de volta. São Petersburgo representa minhas origens. Quero dar algo de volta para a cidade", completa, citando a vitória nigeriana que ficaria na história.

Também seria bom para ele na questão profissional. Idowu disputou a última temporada pelo Amkar Perm, time da primeira divisão russa que foi à falência e não estará em atividade após o Mundial.

O zagueiro está com o futuro indefinido assim como Ahmed Musa, conhecido entre os argentinos desde a última sexta-feira (22) como "Lionel Musa". Seus dois gols diante da Islândia recolocaram a Argentina no caminho para a classificação, além de deixarem a própria Nigéria com chances, claro. Na reserva do Leicester (ING), ele foi emprestado para o CSKA Moscou, onde é um dos jogadores preferidos da torcida. Ele terá de voltar para a Inglaterra em julho porque tem contrato lá.

"Musa não teve chance no Leicester e não conseguiu jogar. Pedi para que fosse para um clube em que atuasse todas as semanas. Ele voltou para a Rússia. Vim vê-lo no CSKA quando a temperatura era de -20 C. Ele trabalhou muito duro para estar na Copa e está confiante de que pode fazer um bom resultado contra a Argentina", elogiou Rohr.

Claro que está confiante. Musa não é o tipo de jogador com baixa autoestima.

"Fazer gol na Argentina não é tão difícil para mim. Sempre que enfrento Messi, vou bem", disse o atacante, em entrevista no início deste ano.

Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, os argentinos venceram por 3 a 2. Os dois gols nigerianos foram de Musa, que também anotou um par de vezes pelo Leicester diante do Barcelona em partida de pré-temporada em 2017.

"Depois de 2014, pode ser a hora de me vingar da Argentina. Muita coisa mudou em quatro anos", completou.

Não só no futebol. Foi um período em que o garoto pobre de Jos, na Nigéria, conseguiu a independência financeira e decidiu retribuir um pouco à sua região e aos amigos. Com parte do dinheiro que recebeu na transferência do CSKA Moscou para o Leicester, comprou quatro postos de gasolina. Empregou cerca de 40 conhecidos de infância. Alguns deles estavam presos. Musa pagou as fianças com a promessa de que teriam bom comportamento.

Ele mandou ensacar milhares de quilos de arroz para distribuir a famílias pobres como a dele um dia foi. Estampou seu rosto na embalagem e colocou as palavras "não venda", para tentar evitar que o produto fosse negociado em troca de dinheiro. Construiu conjuntos poliesportivos para as crianças locais terem onde praticar esportes.

Eliminar Messi catapultaria a sua fama ainda mais.

"No futebol qualquer coisa pode acontecer", ressalta Idowu, que fez um gol quando a Nigéria bateu a seleção sul-americana por 4 a 2 em um amistoso em novembro do ano passado.

Musa sabe não apenas que tudo é possível, mas também previsível. É por isso que, ao ser lembrado da fama repentina que ganhou em Buenos Aires após marcar contra a Islândia, não teve receio em afirmar:

"Possivelmente vou fazer outros dois gols [contra os argentinos]." Com informações da Folhapress. 

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