Exposição em museu de Londres sobre vida de Frida Kahlo bate recordes

Apesar das imensas filas desde a abertura, mostra não é unanimidade entre críticos, que questionam presença de poucas obras da artista mexicana

© Divulgação / Nickolas Muray

Cultura V&A 08/07/18 POR Notícias Ao Minuto

Mais de 60 anos após a morte da artista plástica Frida Kahlo, objetos pessoais da pintora deixaram a Cidade do México pela primeira vez para compor a exposição “Frida Kahlo: Making her self up” (Frida Kahlo: Construindo a si própria”, em tradução livre do inglês), no Museu Victoria and Albert (V&A), em Londres.

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Por meio de fotos, cartas, acessórios, roupas, cosméticos, remédios e outros pertences, além de alguns desenhos e pinturas, a mostra se propõe a retratar a vida de uma das mais renomadas artistas latino-americanas do século XX.

Frida foi vítima de pólio na infância e, aos 18 anos, teve o corpo atravessado por uma barra de metal em um acidente entre um ônibus e um bonde, que geraram problemas de saúde e operações constantes por toda a vida.

No entanto, a revolucionária mexicana se recusava a ser definida pela sua deficiência e pelo conturbado romance com o muralista Diego Rivera, colocando o seu ativismo social e arte em primeiro plano.

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A maneira de vestir da artista, que representava tanto uma manifestação política quanto a tentativa de tirar o foco do seu corpo, também ganhou evidência na exposição. Os 22 vestidos disponibilizados representam uma forma de expressão e extensão de sua arte.

"O guarda-roupa e os objetos nos ajudam a entender sua complexidade como artista e como indivíduo ativamente político. É útil ver esses componentes juntos, sua arte, seus vestidos, e as poses que fazia para ser fotografada. Tudo isso é uma evidência concreta de como Frida expressou sua identidade mestiça e sua fidelidade às raízes mexicanas e europeias" explica a pesquisadora Ana Baeza Ruiz, que ajudou a montar a exposição.

A imagem da artista perante a sua dor é exibida de forma a quebrar tabus sobre as experiências femininas e mostrar a superação das feridas, mostrando com Frida trabalhou o trauma de forma criativa.

Essa resiliência, sua atitude desafiadora e desejo de aproveitar a vida, apesar das dificuldades, fazem dela um símbolo poderoso, que tem apelo para diferentes grupos. Sua imagem icônica comunica força e possibilidade de mudança."

A exposição, que fica em cartaz até novembro, bateu recorde de público na abertura, mas não é unanimidade. Segundo crítica do jornal “The Guardian”, Frida não aprovaria a escassez de pinturas na mostra e não ficaria satisfeita em ver as suas coisas pessoais sendo dissecadas.

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