Sem unidade, centrão tenta se reagrupar para aumentar barganha

Divergências internas estavam rachando o bloco -formado inicialmente por DEM, PP, SD, PRB e PR

© Roque de Sá/Agência Senado

Política estratégia 11/07/18 POR Folhapress

Sem consenso sobre qual candidato apoiar na disputa pelo Planalto, o centrão tentará um reagrupamento de última hora para não perder força e aumentar o poder de barganha durante a eleição de outubro.

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Como a Folha de S.Paulo mostrou na terça-feira (10), divergências internas estavam rachando o bloco -formado inicialmente por DEM, PP, SD, PRB e PR-, o que poderia resultar na deserção de alguns partidos.

Leia também: Para 'defender' Lava Jato, 13 delegados da PF serão candidatos

Reunidos na residência oficial da presidência da Câmara nesta quarta-feira (11), DEM, PP e Solidariedade conseguiram atrair para o encontro os comandos do PSC, que havia se afastado do grupo, do PRB, que ameaçava pular do barco e tomar uma decisão independente, além do PR e do PHS.

A presença de Valdemar Costa Neto, principal voz de comando dentro do PR, foi considerada simbólica pelos integrantes do grupo. Ele não compareceu à maioria dos demais encontros.

Com mais abrangência, portanto, o discurso sobre o nome único deu lugar à discussão sobre a necessidade de os partidos caminharem juntos para garantir, inclusive, mais espaço no próximo governo.

O grupo que defendia o apoio a Ciro Gomes (PDT) voltou uma casa no tabuleiro e passou a reconsiderar o acordo chamado de "mais natural", com Geraldo Alckmin (PSDB).

A avaliação é a de que o tucano é ideologicamente mais identificado com o bloco, mas suas dificuldades em decolar nas pesquisas fazem com que os caciques do DEM e PP, principalmente, queiram o apoio ao Ciro, inclusive para tentar isolar o PT.

Os comandos de DEM, PP, SD e PRB se encontrarão de novo no sábado (14), desta vez em São Paulo, para tentar avançar na discussão.

Principal defensor do acordo com Ciro, a cúpula do DEM não consegue unanimidade na sigla, o que pode prejudicar aspirações como a recondução de Rodrigo Maia à presidência da Câmara.

O Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (SP), está disposto a seguir o caminho de Maia e espera manter espaços que ocupa atualmente na administração federal caso a coligação apoiada vença em outubro.

Já o PP desejava apoiar o PT mas, com a insistência da sigla em manter a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viu Ciro Gomes como opção. Mesmo assim, o presidente da legenda, Ciro Nogueira (PI), recebeu Alckmin para uma conversa nesta tarde e mantém outros canais abertos.

O PRB, cujo comando indicava resistência a Ciro por ser um candidato de esquerda, contra a reforma trabalhista e de temperamento intempestivo, flexibilizou o discurso nesta quarta (11) e agora se mostra aberto a apoiar tanto o candidato do PDT como o do PSDB.

Por fim, o PR, que estava praticamente nos braços de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), também recuou uma casa. Valdemar Costa Neto vai discutir com seus correligionários qual o melhor caminho para a sigla e dará uma resposta ao centrão até terça-feira (17).

A dificuldade agora, com o recuo do PRB, é atrair o PR definitivamente. Para isso, o bloco defende que Josué Alencar (PR) seja apresentado como proposta de vice para qualquer um dos presidenciáveis que podem ser apoiados pelo centrão.

A indefinição nacional está atrasando também alianças estaduais. A sete quilômetros da reunião do centrão, na sede do PSDB em Brasília, Alckmin se reunia com correligionários e possíveis aliados, como o deputado Indio da Costa (PSD-RJ).

Costa é pré-candidato ao governo do Rio e aguarda o PSDB decidir se apoiará ele ou o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM-RJ).

Os tucanos, por sua vez, esperam o DEM nacional decidir quem será o presidenciável que terá o apoio da sigla antes de definir a situação fluminense.

"O único político que vou me sentir bem em defender é o Alckmin. É natural este palanque", disse Indio da Costa a um grupo de mulheres do PSDB que estavam reunidas em outra sala na sede do partido.

Aos jornalistas Costa negou que tenha ido ao PSDB para cobrar um posicionamento de Alckmin. "A decisão cabe a ele. Não vim aqui pressionar. Não vim botar faca no peito", disse o pré-candidato do PSD, partido que, nacionalmente, apoiará a candidatura de Alckmin. Com informações da Folhapress.

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