Crise na Nicarágua preocupa Brasil e mais dez países latino-americanos

País enfrenta uma onda de violência em que mais de 300 pessoas já foram mortas

© REUTERS/Oswaldo Rivas

Mundo Relações Exteriores 16/07/18 POR Folhapress

O Ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta segunda-feira (16), um novo comunicado em que expressa preocupação pela violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na Nicarágua. O país enfrenta uma onda de violência em que mais de 300 pessoas já foram mortas. As informações são da Agência Brasil.

PUB

A nota foi assinada em parceria com os governos de Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. O comunicado pede a "mais firme condenação aos graves e reiterados fatos de violência que se vêm produzindo na Nicarágua e que provocaram, até o momento, a lamentável perda de mais de 300 vidas humanas e centenas de feridos".

+ Confrontos na Nicarágua deixam 10 mortos em várias cidades

Além disso, os 11 países exigem o fim imediato dos atos de violência, intimidação e ameaças dirigidas à sociedade nicaraguense e também o desmantelamento dos grupos paramilitares. O comunicado inclui ainda o pedido de reativação do Diálogo Nacional na Nicarágua, que respeite as liberdades fundamentais e permita soluções pacíficas no país.

Os países latino-americanos defendem também a continuidade dos trabalhos da Conferência Episcopal da Nicarágua em busca de solução para o conflito. O presidente Daniel Ortega havia pedido a mediação da Igreja Católica. No entanto, apesar de ter aceitado as condições estabelecidas pelos bispos, Ortega rejeitou o primeiro relatório da Comissão Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (CIDH), que acusa o governo de usar a força para intimidar os manifestantes.

Muitos dos mortos em quase três meses de protestos foram baleados na cabeça, no pescoço, nos olhos. Segundo o secretário-executivo da CIDH, Paulo Abrão, isso constitui prova de que "atiraram para matar". Exames balísticos realizados pelos investigadores da CIDH revelaram que as balas, de alto calibre, partiram de armas normalmente usadas pelas forças de segurança.

O documento faz um chamado para que o governo da Nicarágua e outros atores sociais "demonstrem seu compromisso e participem construtivamente de negociações pacíficas", além de incluir a celebração de eleições "justas e oportunas, em um ambiente livre de medo, intimidação, ameaças ou violência."

Uma nova onda de violência ocorreu depois que Ortega rejeitou a recomendação dos demais integrantes do Dialogo Nacional de antecipar as eleições, para apaziguar o país.

Líder da Revolução Sandinista de 1979, contra a ditadura de Anastasio Somoza, Ortega conquistou seu terceiro mandato presidencial consecutivo em 2016. Mas os resultados da votação -sem a presença de observadores internacionais- foram questionados pela oposição e também por antigos aliados do ex-guerrilheiro esquerdista. Ortega e a mulher, Rosario Murillo, que é vice-presidente do país, são acusados de querer instalar uma dinastia politica corrupta, como a dos Somoza. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 4 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Reino Unido Há 23 Horas

Menino de 13 anos morre após ataque com espada em Londres

lifestyle Suor Há 1 Hora

Odores nas axilas: O que podem indicar e quando procurar ajuda médica

brasil Saúde Há 18 Horas

Brasil ultrapassa os 4 milhões de casos de dengue

fama Inglaterra Há 20 Horas

Rei Charles retorna às atividades reais após tratamento contra o câncer

mundo Kristi Noem Há 3 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

tech Rede Social Há 2 Horas

TikTok também poderá ser banido na Europa

justica Raul Pelegrin Há 4 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

tech Futebol Há 57 mins

Haaland, do Manchester City, vai chegar a 'Clash of Clans'

esporte Gabigol Há 22 Horas

Fla anuncia que Gabigol pode voltar a jogar após suspensão de pena por fraude no antidoping