© REUTERS/Charles Platiau
A Corte Europeia de Direitos Humanos condenou a Rússia, nesta terça-feira (17), por não ter levado a cabo uma investigação para determinar quem foi o responsável pelo homicídio da jornalista Anna Politkovskaia, assassinada no elevador do prédio em que morava, em Moscou, em outubro de 2006.
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A irmã, a mãe e os filhos de Anna apelaram à Corte contra as autoridades russas, já em 2007.
Na sentença, os juízes de Estrasburgo afirmam que, "ainda que a investigação tenha chegado a resultados tangíveis, com a condenação de cinco homens diretamente responsáveis pelo homicídio, ela não pode ser considerada adequada, já que não realizou nenhum esforço para identificar quem foi o mentor do crime". A corte pôs em evidência que as autoridades teriam seguido somente uma pista, ligada a um homem russo de negócios residente em Londres, Boris Berezovsky, morto em 2013, mas sem esclarecer o papel que teve no homicídio da jornalista.
Além disso, "o governo russo não explicou por que as autoridades escolheram focar sua atenção em uma só linha de investigação, já que tinha reconhecido diante da corte de Estrasburgo que tais homicídios requerem um enfoque múltiplo", observaram os juízes.
Segundo a Corte, o Estado deveria ter examinado as acusações da família sobre um possível envolvimento de oficiais dos serviços secretos ou de representantes da administração chechena.
Por fim, Estrasburgo enfatiza que Moscou não ofereceu nenhuma justificação do motivo pelo qual as investigações sobre o homicídio demoraram tanto tempo. (ANSA)