Ortega lança ofensiva contra reduto da oposição na Nicarágua

Moradores da cidade relatam disparos em diversos bairros

© REUTERS / Oswaldo Rivas (Foto de arquivo) 

Mundo Últimas Notícias do Mundo 17/07/18 POR Folhapress

Policiais e paramilitares lançaram na manhã desta terça-feira (17) uma grande ofensiva contra a cidade de Masaya, na Nicarágua, principal bastião da onda de protestos contra o regime do presidente Daniel Ortega. Ao menos um policial morreu, segundo a imprensa local.

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O foco das forças governista é o bairro de Monimbó, principal reduto dos manifestantes, que se protegem com barricadas e morteiros artesanais. Todos os acessos à cidade estão bloqueados. Masaya tem cerca de 160 mil habitantes e está a 30 km de Manágua.

Moradores da cidade relatam disparos em diversos bairros. Todos os acessos estão bloqueados. Masaya tem cerca de 160 mil habitantes e está a 30 km da capital Manágua.

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"Forças antimotim e de choque assediam Monimbó! Que o governo da Nicarágua pare este massacre! Por favor, irmãos de Monimbó, salvem as suas vidas!", escreveu o bispo auxiliar de Manágua, Silvio José Baéz.

"Há disparos por todos os lados, com fuzilaria de diversos calibres, fogo cruzado. Há uma ordem expressa de limpar Monimbó. É o ponto de conflito, que está sendo atacado", disse à Folha o repórter-fotográfico Manuel Esquivel, do jornal La Prensa, que mora na região dos conflitos com a mulher e o filho.

Esquivel diz que, por causa dos disparos, não consegue deixar a casa para trabalhar. "Estou cuidando da minha família."

No fim de semana, uma ofensiva contra a mesma cidade deixou um saldo de ao menos 10 mortos, dos quais 4 policiais, segundo a Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos (ANPDH). A ONG estima que ao menos 360 morreram durante os protestos, que completam três meses nesta semana.

As marchas começaram contra uma reforma da Previdência que diminuía os benefícios e aumentava contribuições. Diante dos protestos, Ortega recuou, mas a repressão violenta alimentou mais manifestações, desta vez exigindo a renúncia do presidente esquerdista.

O bairro indígena de Monimbó tem um alto valor simbólico para os sandinistas, liderados por Ortega. Em 1979, o bairro virou refúgio dos guerrilheiros de esquerda antes da bem-sucedida investida final contra a ditadura Somoza.

Neste ano, Ortega não conseguiu fazer o tradicional ato comemorativo em Monimbó. A celebração ocorreu na última sexta-feira (13) em outra área de Masaya, sob forte presença policial e com 17 dias de atraso. Com informações da Folhapress. 

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