Uma menina de dez anos morreu na última quarta-feira (18) em Dhusamareb, na Somália, depois de ter sido submetida a um procedimento de mutilação genital. A BBC aponta que a menina morreu dois dias depois da circuncisão por hemorragia. Apesar da morte da filha, o pai da criança defendeu publicamente a prática.
PUB
O homem disse ao Voice of America que as pessoas daquela cidade “estão contentes” com a mutilação genital feminina, apesar dos riscos que comporta. Ele acrescentou que a prática faz parte da “cultura” somali.
+ Ataque do Boko Haram deixa quase 20 mortos no Chade
Abdirahman Omar Hassan, diretor do hospital Hanano, onde a criança foi assistida, disse ao Voice of America que nunca viu ninguém que “tivesse sido mutilada daquela forma”.
O médico revelou ainda que a jovem tinha contraído tétano devido ao equipamento não esterilizado que foi usado na mutilação. A constituição da Somália proíbe a mutilação genital feminina, mas não a criminaliza. Segundo os dados da Unicef, 98% das meninas e mulheres na Somália foram submetidas à mutilação genital.