Em depoimento, Joesley volta a afirmar que pagou propina a Temer

Empresário prestou depoimento nesta segunda-feira (6), na 15ª Vara Federal de Brasília

© Adriano Machado/Reuters

Política Investigação 06/08/18 POR Notícias Ao Minuto

Em depoimento na 15ª Vara Federal de Brasília, ao procurador Ivan Cláudio Marx, nesta segunda-feira (6), o empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, voltou a afirmar que pagou propina ao presidente Michel Temer (MDB). A entrega do dinheiro, confirmou o empresário, foi feita por Ricardo Saud, então executivo do grupo, a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do emedebista.

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O fato está relacionado à entrega da mala contendo R$ 500 mil, conforme episódio gravado pela Polícia Federal, em uma ação articulada com o Ministério Público Federal (MPF) e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O material - junto com a delação premiada de Joesley -, foi utilizado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot para denunciar o presidente por corrupção passiva, em junho do ano passado. A denúncia, no entanto, foi barrada pela Câmara dos Deputados, e a investigação só poderá ser retomada após Temer deixar a Presidência.

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Rocha Loures também foi denunciado pelo mesmo crime, mas o processo contra ele corre normalmente na Justiça. "Entre os meses de março a abril de 2017, com vontade livre e consciente, o presidente da República Michel Miguel Temer Lulia, valendo-se de sua condição de chefe do Poder Executivo e liderança política nacional, recebeu para si, em unidade de desígnios e por intermédio de Rodrigo Santos da Rocha Loures, vantagem indevida de R$ 500.000 ofertada por Joesley Batista, presidente da sociedade empresária J&F Investimentos S.A., cujo pagamento foi realizado pelo executivo da J&F Ricardo Saud", diz a denúncia apresentada por Janot.

Nesta manhã, conforme O Globo, Joesley detalhou que a propina estava vinculada à compra de gás da Empresa Produtora de Energia (EPE), do grupo J&F, de fornecedores da Bolívia sem entraves criados pela Petrobras. "Eu falei para o Rodrigo (Rocha Loures): R$ 500 mil ou R$ 1 milhão por semana. Então fizemos o contrato. Eu falei : oh funcionou!", disse o empresário.

Ele também voltou a falar sobre a conversa que teve com Temer, em que contou sobre os pagamentos que fazia para manter Eduardo Cunha e Lucio Funaro em silêncio, na prisão.

"Eu disse que estava dando dinheiro para o Lúcio, dava dinheiro para o Eduardo. Aí o Temer me surpreende ao dizer que tem que continuar. Aquela famosa frase dele, tem que manter isso. Numa hora dessas o presidente manda que eu tenho que tenho que continuar. Me assustei muito quando ele falou que era para manter isso", disse.

O empresário ainda afirmou que a ideia de gravar a conversa com Temer no Jaburu partiu dele, muito antes do início das tratativas que resultaram no acordo de delação. O depoimento durou cerca de duas horas.

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